A falta de testes combinada à detecção dos casos assintomáticos: essa são as hipóteses do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos para explicar o que pode ser uma subnotificação de até 20 vezes de casos de infecção pelo novo coronavírus em Belo Horizonte.
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Porém, de acordo com os valores tabulados pelos pesquisadores com base na quantidade do vírus encontrada nos esgotos, Belo Horizonte tinha cerca de 50 mil casos de COVID-19 naquela data.
O aumento da concentração do novo coronavírus nos esgotos aconteceu, sobretudo, após as duas flexibilizações do comércio adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte: um acréscimo de aproximadamente 30 mil casos, conforme o estudo.
Ainda de acordo com a pesquisa, a defasagem aconteceu por causa do "número excessivamente baixo de testes clínicos realizados". E, também, porque "o monitoramento do esgoto tem o potencial de detectar os portadores assintomáticos do novo coronavírus".
O projeto-piloto é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG).
Eles contam com a parceria da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).