A decisão da prefeitura de Belo Horizonte de interromper o processo de reabertura do comércio, iniciado há um mês, intensificou o movimento em estabelecimentos do Centro da capital neste sábado (27). A partir de segunda-feira (29), 13,5 mil empresas voltam a fechar as portas, já que apenas as atividades essenciais terão autorização para funcionar.
Com a nova diretriz, muita gente aproveitou o fim de semana para montar um pequeno estoque de produtos ou fazer uma visita antecipada ao cabeleireiro, uma vez que a retomada da economia ainda não tem data fixada. Alguns comerciantes anunciaram turnos no domingo (28) a fim de garantir o máximo de ganhos antes da paralisação, que eles especulam que vai durar pelo menos 15 dias.
Beleza e conforto
Na ruas Carijós, Curitiba e da Bahia, onde o Estado de Minas circulou por volta de 13h, os maiores movimentos foram registrados em lojas de cosméticos e de roupa de cama, mesa e banho. A manicure Sirlene Alves passou em unidades dos dois segmentos, onde comprou cobertores e artigos de higiene pessoal. “Eu já precisava fazer as essas compras, então aproveitei o sábado para vir. Sei que vai tudo fechar mesmo, não tem jeito, então corri aqui no Centro”, relatou.
O metalúrgico Délcio Rodrigues foi à Rua Curitiba comprar cortinas. Depois de concluir as compras, disse que pretendia seguir até o Shopping Oiapoque para comprar eletrônicos. “Abre e fecha toda hora, ué. Ninguém aguenta isso mais não”, desabafou.
A reportagem observou a formação de aglomerações em vários estabelecimentos, embora houvesse funcionários na porta para controlar o fluxo de pessoas e oferecer álcool em gel na maioria deles. Butiques de roupas, que em nenhuma fase do processo de abertura foram liberadas para funcionar, abriram clandestinamente, com as portas semicerradas.
A reportagem observou a formação de aglomerações em vários estabelecimentos, embora houvesse funcionários na porta para controlar o fluxo de pessoas e oferecer álcool em gel na maioria deles. Butiques de roupas, que em nenhuma fase do processo de abertura foram liberadas para funcionar, abriram clandestinamente, com as portas semicerradas.
Expediente
A unidade da Rua Carijós de uma tradicional sapataria da cidade estava vazia neste sábado (28). Ainda sim, a empresa decidiu abrir as portas também no domingo. “É o desespero do comércio", admitiu o gerente João Paulo Furtado.
Situada na rua da Bahia, uma pequena barbearia tinha todas as cadeiras ocupadas nesta tarde. O cabeleireiro Naiany Carvalho conta que o movimento hoje foi ligeiramente maior em relação ao fim de semana passado. Alguns clientes tiveram que ser dispensados por falta de espaço na agenda, mas o proprietário não faz planos de abrir o local no domingo (28). O servidor público Gladson Martins deu sorte. Foi um dos últimos a conseguir marcar um horário. “Dei uma antecipada na tosa. Quando o cabelo cresce muito e não tem barbeiro aberto, eu mesmo corto. Passo máquina. Mas é claro que fica muito pior do que quando o profissional apara, né?”, pondera o servidor público.
Na Região Centro-Sul, os salões relataram maior procura por serviços de manicure e tintura. "Principalmente mechas, químicas, em geral. As mulheres sabem que vamos ficar um período fechados e querem evitar que os cabelos fiquem brancos por muito tempo", diz Júnior Vilhena, proprietário de um instituto de beleza no Bairro Cidade Nova.
Atento ao cenário da COVID-19 em BH, o empresário diz que se antecipou à decisão do prefeito Kalil de fechar o comércio e adiantou os procedimentos marcados para este sábado ainda no início da semana. "Assim, eu amenizei um pouco da correria e consegui abrir espaço na minha agenda para atender pessoas que me ligaram hoje. Não consegui horário para todo mundo. De qualquer forma, não vou abrir amanhã", avisa.
Na Região Centro-Sul, os salões relataram maior procura por serviços de manicure e tintura. "Principalmente mechas, químicas, em geral. As mulheres sabem que vamos ficar um período fechados e querem evitar que os cabelos fiquem brancos por muito tempo", diz Júnior Vilhena, proprietário de um instituto de beleza no Bairro Cidade Nova.
Atento ao cenário da COVID-19 em BH, o empresário diz que se antecipou à decisão do prefeito Kalil de fechar o comércio e adiantou os procedimentos marcados para este sábado ainda no início da semana. "Assim, eu amenizei um pouco da correria e consegui abrir espaço na minha agenda para atender pessoas que me ligaram hoje. Não consegui horário para todo mundo. De qualquer forma, não vou abrir amanhã", avisa.