*Matéria atualizada às 20:40 com novas informações prestadas pela Prefeitura de Belo Horizonte
O Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte denunciou a falta de respiradores para pacientes com suspeita de COVID-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Barreiro, em Belo Horizonte. Segundo membros do conselho, a situação foi comunicada à Secretaria de Saúde da capitala na manhã deste domingo, mas, até o início da noite, não houve retorno.
Segundo o médico Bruno Pedralva, secretário geral do CMSBH, neste domingo, havia dois pacientes intubados e outros quatro com necessidade de intubação, para apenas dois ventiladores mecânicos disponíveis na unidade. Ele relata, ainda, que há mais duas pessoas em estado grave na enfermaria.
Segundo o médico Bruno Pedralva, secretário geral do CMSBH, neste domingo, havia dois pacientes intubados e outros quatro com necessidade de intubação, para apenas dois ventiladores mecânicos disponíveis na unidade. Ele relata, ainda, que há mais duas pessoas em estado grave na enfermaria.
“Até pouco tempo tínhamos oito pacientes precisando de CTI, dois intubados e outros quatro que precisavam ser intubados. Mas só tem dois ventiladores mecânicos na UPA. É uma situação dramática. Os trabalhadores estavam tentando resolver essa situação desde de manhã, sem sucesso. Resolvemos cobrar da Secretaria de Saúde e até o momento não tivemos retorno dessa situação e como ela seria solucionada”, relatou o médico.
Ele disse, ainda, que os profissionais da saúde querem o melhor para a população e cobrou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
“O prefeito Kalil falou que ninguém ia morrer por falta de assistência. Nós também não queremos e não podemos deixar acontecer uma situação dessa”, disse Bruno Pedralva.
O médico também alertou para o estado crítico dos pacientes e o risco de morte caso não haja rapidez na resolução do problema: “Sem dúvida! Paciente precisando de intubação é uma emergência. Precisa ser resolvido imediatamente”.
Durante a tarde, havia muito movimento na UPA do Barreiro, não só de pacientes com hipótese de diagnóstico de COVID-19, mas também com outros problemas de saúde. Na entrada da unidade, foram instaladas cadeiras sob uma tenda para que mais pessoas pudessem aguardar atendimento sentadas e abrigadas.
Resposta da Prefeitura de Belo Horizonte
Inicialmente, a Prefeitura de Belo Horizonte não esclareceu especificamente a situação da falta de respiradores na unidade de saúde do Barreiro, enviando apenas uma nota sobre a situação geral da capital.
Após a publicação desta matéria, a assessoria do Município respondeu o seguinte:
“Sobre a situação na UPA Barreiro, para a assistência aos pacientes um respirador da UPA Venda Nova e um do SAMU foram remanejados para a unidade; e dois pacientes que estavam no local foram transferidos: um para o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro e um para o Hospital Santa Lucia”.
Na primeira nota enviada pela PBH consta que “o aumento do número de pacientes com suspeita de Covid-19 em UPAs e hospitais da Rede SUS em Belo Horizonte foi um dos motivos que contribuíram para a decisão da Prefeitura de retorno à fase de controle (funcionamento apenas de atividades essenciais) anunciada em coletiva na tarde de sexta-feira 26/6”.
Após a publicação desta matéria, a assessoria do Município respondeu o seguinte:
“Sobre a situação na UPA Barreiro, para a assistência aos pacientes um respirador da UPA Venda Nova e um do SAMU foram remanejados para a unidade; e dois pacientes que estavam no local foram transferidos: um para o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro e um para o Hospital Santa Lucia”.
Na primeira nota enviada pela PBH consta que “o aumento do número de pacientes com suspeita de Covid-19 em UPAs e hospitais da Rede SUS em Belo Horizonte foi um dos motivos que contribuíram para a decisão da Prefeitura de retorno à fase de controle (funcionamento apenas de atividades essenciais) anunciada em coletiva na tarde de sexta-feira 26/6”.
Disse, ainda, que “o Boletim Epidemiológico e Assistencial divulgado pela Prefeitura nesta sexta-feira, 26/06, aponta que a taxa de ocupação de leitos UTI Covid na capital estava em 86% e a de enfermaria Covid em 67%”.
Veja abaixo a íntegra da nota da PBH
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa:
O aumento do número de pacientes com suspeita de Covid-19 em UPAs e hospitais da Rede SUS em Belo Horizonte foi um dos motivos que contribuíram para a decisão da Prefeitura de retorno à fase de controle (funcionamento apenas de atividades essenciais) anunciada em coletiva na tarde de sexta-feira 26/6.
Durante a entrevista, o secretário de Saúde Jackson Machado Pinto destacou também o aumento de chamadas atendidas pelo SAMU para casos suspeitos de Covid-19 na última semana.
“Não é apenas um aumento no número de casos, mas há um aumento na gravidade da doença. A história da doença nos mostra que pessoas que estão na enfermaria, às vezes pioram rapidamente e demandam UTI. Os casos estão aumentando. As upas estão lotadas, com muitos casos de Covid. Outro motivo é o transporte em saúde. O SAMU fazia o transporte de 50 pessoas por dia e essa semana passou para 100”, afirmou.
A retomada para a fase de controle a partir desta segunda-feira, 29/06, tem o objetivo de reduzir a circulação de pessoas na cidade e tentar conter o avanço do novo coronavírus.
O Boletim Epidemiológico e Assistencial divulgado pela Prefeitura nesta sexta-feira, 26/06, aponta que a taxa de ocupação de leitos UTI Covid na capital estava em 86% e a de enfermaria Covid em 67%.
Novos leitos
A Prefeitura de Belo Horizonte colocou em funcionamento desde a quinta-feira (25) 74 novos leitos Covid – 19 UTIs e 55 enfermarias.
Somando as unidades Covid de enfermaria (798) e UTI (301), o SUS-BH conta hoje com 1.099 leitos. Em março, eram 196 leitos Covid: 82 de UTI e 114 de enfermaria.
O aumento da oferta de unidades para o atendimento de pacientes acompanha o planejamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde junto aos hospitais e a evolução dos indicadores epidemiológicos e assistenciais em relação à pandemia. As UTIs são abertas conforme necessidade, e sempre com recursos humanos e equipamentos necessários para o funcionamento.