Jornal Estado de Minas

AGRICULTURA

Gengibre diversifica produção no Leste de Minas

Produção de gengibre em Aimorés, na região do rio doce, já exporta para a Europa e Estados Unidos. (foto: Divulgação Emater-MG)
O gengibre, muito utilizado na culinária, indústria de cosméticos, bebidas e medicamentos, tem sido uma alternativa lucrativa para agricultores familiares no Leste de Minas. Em Aimorés, na Região do Rio Doce, por exemplo, o cultivo da planta começou no ano passado e hoje toda a produção acaba exportada para a Europa e para os Estados Unidos, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).



O Espírito Santo é o maior produtor de gengibre do Brasil. Aimorés, Região do Rio Doce, que fica na divisa dos estados, começou há pouco a investir no plantio. O café é a principal atividade agrícola da região, mas, segundo o técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Wagner de Lima Mendes, diversificar a produção é uma estratégia que traz bons resultados. “A exploração de gengibre é mais uma diversificação para geração de renda e incentivo ao produtor continuar no meio rural, evitando a migração para os grandes centros”, explica.

A ideia de levar o gengibre para Aimorés surgiu do agricultor Silvério José Vassuler, que é de Santa Maria de Jetibá, um município capixaba. Ele tem parentes na região e conhecia alguns produtores locais. Assim, decidiu fazer um plantio experimental e mostrar a cultura para os colegas. “No Espírito Santo, temos lutado contra a fusariose, doença que está atacando as plantas de lá. Fiz o plantio em Aimorés e foi uma surpresa. Produziu muito bem”, conta.

Os bons resultados renderam uma parceria com nove famílias de agricultores familiares e as lavouras de gengibre já somam 20 hectares.

A colheita do gengibre começa cerca de sete meses depois do plantio e, segundo o produtor Silvério José, a produtividade em Aimorés chegou a ser o dobro da registrada onde nos locais em que ele planta no Espírito Santo.
 
* Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa