O Hospital de Campanha construído pelo governo de Minas Gerais só poderá operar com 100% da capacidade de leitos após a data prevista para o pico da pandemia da COVID-19 no estado. As instalações estão prontas desde abril, mas ainda não há previsão de quando começarão a receber pacientes com coronavírus.
Para conseguir operar 100% da capacidade do Hospital de Campanha, o governo estadual precisa dos recursos humanos e materiais da Organização Social (OS) selecionada para gerir as instalações. Porém, o processo de escolha termina em 20 de julho - cinco dias depois do pico previsto para a doença em Minas Gerais, segundo estimativas de técnicos da própria Secretaria de Estado de Saúde (SES).
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Segundo Zema, o estado consegue iniciar a operação do hospital antes que termine o processo de escolha da OS gestora. Para isso, precisará acionar recursos humanos do próprio governo estadual e acionar profissionais da saúde da Polícia Militar (PM) e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
“Se for necessário que o Hospital de Campanha comece a funcionar em dois dias ou três dias, ele tem condição de começar a funcionar com 30% da capacidade. Lembrando que 30% da capacidade dele nós estamos falando de mais de 250 leitos, somente com pessoas e recursos do estado. Temos médicos na Polícia Militar, temos médicos e enfermeiras na Fhemig. Todo esse pessoal já está devidamente chamado para essa eventualidade”, explicou.
Aumento na carga horária
Zema admitiu que precisará ampliar a carga horária de profissionais da PM e da Fhemig se precisar abrir o hospital antes da escola da OS. “É lógico que esse pessoal vai ter a carga horária ampliada momentaneamente até que uma outra instituição venha a assumir a operação, mas nada que seja inviável. Esse pessoal hoje tem condição de assumir. Eles vão, é lógico, trabalhar mais. Ao invés de folgar três vezes por semana, talvez vão ter de folgar uma vez por semana”, disse.
O Hospital de Campanha de Minas Gerais é dividido em duas unidades. Em Belo Horizonte, poderão ser instalados até 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização. Em Betim, cidade da Região Metropolitana, a capacidade máxima é de 180 UTIs.