Jornal Estado de Minas

Segurança

Bases comunitárias da PM registram mais de 2,5 mil ocorrências na Região Centro-Sul de BH

Mais de 2,5 mil ocorrências atendidas, além de 110 prisões e apreensões de infratores. Esse é o saldo do trabalho das bases comunitárias da PM somente na área do 22º BPM – que abrange bairros da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Esse sistema consiste em vans que ficam em esquinas estratégicas da capital desde o cair do sol ate o início do dia seguinte. Os dados já contabilizados correspondem ao período de janeiro a maio.


 
No total, foram realizadas 830 operações, que culminaram na redução de 31% no número de roubos e de cerca de 35% no de furtos nessa área.

Segundo o tenente-coronel Fábio Almeida, comandante do 22º BPM, as bases comunitárias representam uma estratégia de sucesso da corporação. “Esse trabalho possibilitou uma redução histórica dos índices de criminalidade da capital mineira nos últimos anos, ou seja, desde a implantação dessa estratégia, em 28 de agosto de 2017.”

Nessas vans, os policiais contam com auxílio de câmeras de videomonitoramento, rádios digitais e equipamentos de segurança. São sempre dois militares em motocicletas, responsáveis pelo patrulhamento preventivo, atendimento de ocorrências e contatos com a comunidade num raio de quatro quilômetros das bases.

As bases, segundo o militar, são posicionadas em pontos estratégicos, de quatro em quatro quilômetros. “São sempre em pontos de boa visualização da área, o que possibilita, também, o aumento da segurança, assim como o trabalho de patrulhamento.”


 
No caso do 22º BPM, sua área de atuação é de 38 bairros, quatro aglomerados e 42 vilas das regiões Centro-Sul, Oeste e Leste de Belo Horizonte, atendendo a uma população de 430 mil pessoas.

Segundo o comandante, os números da criminalidade hoje são proporcionais aos do ano de 1993, quando houve o menor registro.

Aprovação de moradores e comerciantes


Segundo Lucas Gomes, morador do Bairro Grajaú e comerciante no Gutierrez, Zona Oeste de Belo Horizonte, “a base comunitária contribuiu para o aumento da sensação de segurança, com a maior presença de policiais. Com isso, antes da pandemia, podíamos ficar com o comércio aberto até mais tarde. As funcionárias se sentem seguras com a presença da PM. Temos também um grupo de monitoramento com outros moradores, que funciona em parceria com a PM. É outra coisa que aumenta a segurança.”
 
Rodrigo Bedran, da Associação Comunitária do Bairro Mangabeiras, diz que “as bases foram uma estratégia acertada, pois possibilitam, acima de tudo, a prevenção contra o crime. Dá-nos a sensação de segurança".