A Polícia Civil desmontou um esquema de venda de diplomas falsos, no Norte de Minas, depois da deflagração da Operação Prova Final. Um curso falso se dizia vinculado a faculdades da região e prometia diplomas de especialização e segunda graduação. As vítimas: professores das redes municipal e estadual, que buscavam aprimoramento profissional e efetivação no cargo público.
Nos primeiros levantamentos, foram identificadas 18 vítimas do estelionato, mas existe a certeza de que o número de pessoas lesadas seja muito superior. Nove dessas vítimas são da cidade de Grão Mogol e tiveram prejuízo de cerca de R$ 500 mil.
Nos primeiros levantamentos, foram identificadas 18 vítimas do estelionato, mas existe a certeza de que o número de pessoas lesadas seja muito superior. Nove dessas vítimas são da cidade de Grão Mogol e tiveram prejuízo de cerca de R$ 500 mil.
As investigações, a cargo do delegado Jurandir Rodrigues César Filho, da Delegacia Regional de Montes Claros, tiveram início no dia 24, nas cidades de Grão Mogol, Montes Claros e Belo Horizonte - que seria a sede da suposta empresa.
Nesta terça-feira (30), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sedes da empresa nas três cidades. Foram apreendidos talões de recibo da instituição de ensino, cheques e recibos de pagamento de vítimas, diversos celulares, computadores, agendas, anotações e diplomas.
Segundo o delegado, as investigações tiveram início há um ano. As apurações, iniciadas em Grão Mogol, apontaram que uma mulher, suspeita de ser a agenciadora do referido curso, seguia ordens de dois homens, também investigados.
O grupo vinha comercializando diplomas falsificados de curso superior já há alguns anos.
As investigações ganharam vulto, segundo o delegado, a partir do momento em que uma vítima procurou a delegacia de Montes Claros. “Ela nos contou que havia procurado a universidade indicada, para buscar seu diploma, e, lá chegando constatou que não estava matriculada. Aí decidiu procurar a polícia.”
O delegado Jurandir informa ainda que alguns professores foram destituídos de seus cargos, por apresentarem diplomas falsos às instituições de ensino em que trabalhavam.
Polícia busca mais vítimas
O delegado Ranieri Damasceno, que também participa das investigações, diz que é importante todas as vítimas registrarem ocorrência e formalizarem a representação criminal.
“Com esse crime, pessoas que buscavam um futuro melhor por meio da educação foram enganadas. Por isso, alertamos que todos os prejudicados procurem a Polícia Civil para penalizar os investigados pelos delitos praticados”, diz.
“Com esse crime, pessoas que buscavam um futuro melhor por meio da educação foram enganadas. Por isso, alertamos que todos os prejudicados procurem a Polícia Civil para penalizar os investigados pelos delitos praticados”, diz.
Nas investigações, foram coletadas várias provas, além de diversas vítimas terem siso ouvidas.
Os policiais recolheram documentos, recibos de mensalidades do curso, bem como recibos de transferências bancárias e prints de e-mails das faculdades responsáveis pelos diplomas, confirmando que os certificados emitidos não eram reconhecidos como autênticos.
Os policiais recolheram documentos, recibos de mensalidades do curso, bem como recibos de transferências bancárias e prints de e-mails das faculdades responsáveis pelos diplomas, confirmando que os certificados emitidos não eram reconhecidos como autênticos.