Belo Horizonte completou nesta terça-feira o segundo dia desde que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) emitiu decreto para o novo fechamento das atividades econômicas não-essenciais. Apesar disso, o município segue com índices altos de expansão do coronavírus. De acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade chegou a 5.915 casos da doença, 405 nas últimas 24 horas. Foram registrados 136 óbitos, sete desde esta segunda-feira.
Os índices do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da PBH já sinalizavam grande apreensão das autoridades acerca da evolução da doença. Em seu último boletim de monitoramento, divulgado semanalmente, o número médio de transmissão por infectado era de 1,09 - índice ainda considerado no "nível amarelo", de acordo com a classificação do comitê. A alta ocupação de leitos de UTI e enfermaria, porém, determinou o fechamento do comércio.
Além do fechamento do comércio, a prefeitura endureceu a fiscalização para obrigar as pessoas a usarem máscaras e a evitarem aglomerações. A Câmara Municipal aprovou, em segundo turno, o projeto de lei da obrigatoriedade do uso de máscara, que está em fase final de ser aprovado por Alexandre Kalil.
UTI's e Enfermarias
Nesta terça-feira, a PBH divulgou que a utilização das unidades de terapia intensiva permanece em 87%, recorde desde o início da pandemia. O boletim mostra que 268 dos 309 leitos reservados para unidade de terapia intensiva estão sendo usados.
Desde o último levantamento, atualizado nesta segunda-feira, a Secretaria Municipal de Saúde abriu oito novos locais de internação com respiradores. O total de UTIs disponbilizadas pela PBH é de 1.303, sendo 685 para outras enfermidades.
Em relação aos leitos de enfermarias, 71% dos 798 disponíveis para COVID-19 estão com pacientes. O total à disposição da Secretaria Municipal é de 4.523, com 3.725 para as demais doenças.