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Estado de Minas PANDEMIA EM BH

PBH não agenda coletiva, e comércio não essencial deve seguir fechado

Caso tendência se confirme, apenas atividades essenciais mantém funcionamento na cidade. Segundo o Executivo municipal, não houve novidades nos indicadores que indiquem uma mudança no cenário atual


postado em 02/07/2020 20:30 / atualizado em 02/07/2020 21:44

Coletivas com o prefeito Alexandre Kalil costumam acontecer sempre às sextas-feiras, na sede do Executivo municipal(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Coletivas com o prefeito Alexandre Kalil costumam acontecer sempre às sextas-feiras, na sede do Executivo municipal (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

 

Nem lockdown nem reabertura do comércio. Belo Horizonte deve seguir como está quanto à atividade do terceiro setor na próxima semana. Isso porque a prefeitura não vai realizar nesta sexta-feira (3) a já tradicional coletiva de imprensa sobre a pauta na sede do Executivo municipal, no Centro da capital mineira.

 

De acordo com a PBH, a agenda não vai acontecer porque os indicadores não apresentaram mudanças suficientes que indiquem alterações no quadro atual.

 

Vale ressaltar que as medidas são tomadas com base em três parâmetros: as taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para pacientes infectados pelo novo coronavírus e a velocidade de transmissão da virose no município.

 

Desde que a prefeitura colocou o pé no freio na flexibilização da cidade, há quase uma semana, esses parâmetros pouco se alteraram.

 

Na realidade, até pioraram, já que as enfermarias, ao contrário de semana passada, também estão no vermelho agora – 73% de ocupação conforme o último boletim, a taxa mais alta desde o início da pandemia.

 

Nova proposta

 

 

Nesta quinta, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) se reuniu com representantes do comércio de Belo Horizonte para discutir o futuro da capital mineira quanto à flexibilização do terceiro setor.

 

Na ocasião, as partes concordaram em manter apenas as atividades essenciais em funcionamento na próxima semana, mas foi apresentada ao chefe do Executivo municipal e aos membros do comitê de enfrentamento à COVID-19 um novo modelo de reabertura: apenas quatro dias da semana, de terça a sexta-feira, das 11h às 19h.

 

Em posicionamento oficial, Kalil ficou de analisar a proposta e se manifestar até esta quarta-feira (8).  

 

O prefeito, contudo, ressaltou que a reabertura do comércio depende do controle dos indicadores. Na noite desta quinta, ele colocou um vídeo no Twitter para repercutir o encontro. 

 

 

 

“Nós vamos sentir o resultado deste fechamento do comércio na próxima semana. Os números estão subindo no restante do estado porque houve flexibilização precoce. Agora é o momento de sentar com os comerciantes e esclarecer que a prefeitura está assumindo um ônus que não é dela. Estamos agindo como se fôssemos o estado. Mas não somos. Somos a cidade de Belo Horizonte”, disse o prefeito Kalil após o encontro.

 

“Mas quero dizer o seguinte: vamos tentar controlar a situação e, quando esses números preocupantes abaixarem, nós vamos abrir o comércio”, completou.

 

Participaram da reunião com o prefeito representantes do comércio de óticas, tecidos, vestuários, armarinhos, calçados, livrarias, papelarias, joalherias, supermercados, setores atacadista e varejista, automóveis e acessórios, shoppings, hotéis, restaurantes e bares. Eles voltarão a se encontrar com o Executivo municipal na quarta-feira.

 

Números da pandemia

 

 

Belo Horizonte tem, conforme a última atualização, 7.144 casos confirmados de COVID-19. Desses, 2.138 estão em acompanhamento, 4.848 se recuperaram e 158 morreram. Entre os mortos estão 80 homens e 78 mulheres.


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