O desabastecimento de medicamentos no mercado tem pressionado unidades hospitalares. O Instituto Mário Penna começou a considerar o cancelamento de cirurgias oncológicas. A instituição afirma enfrentar problemas para aquisição de relaxantes musculares e sedativos e que a situação se agravou nos últimos dias. “Isso nos leva, no momento, a considerar o cancelamento até mesmo das cirurgias oncológicas”, afirmou em comunicado.
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Vieira esclarece que esses problemas comprometem o atendimento no Hospital Luxemburgo, e não o Hospital Mário Penna, que será de atendimento exclusivo para pacientes com COVID-19.
Segundo o Instituto, há previsão de disponibilização de parte dos insumos para a segunda semana do mês de julho, mas ainda não há previsão para que o estoque volte à normalidade. “Conseguimos algumas coisas por causa de empréstimo. Sem isso a gente estava em situação muito pior. Mas repor de acordo com o que a gente precisa, a gente não consegue. Pelo estoque que temos hoje, a gente não sabe se vai conseguir chegar até o momento de reposição sem que acabe”, disse Vieira.
“Assim como outras instituições, fazemos um apelo aos órgãos competentes para que o reabastecimento de medicamentos aconteça o mais breve possível”, pede a instituição filantrópica em comunicado.