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Estado de Minas DESABASTECIMENTO

Cirurgias no Instituto Mário Penna podem ser canceladas por falta de medicamentos

Gestão do Hospital Luxemburgo faz apelo à sociedade civil para o problema de desabastecimento que pode comprometer pacientes com câncer


03/07/2020 16:49 - atualizado 03/07/2020 17:27

(foto: Instituto Mário Penna/Divulgação)
(foto: Instituto Mário Penna/Divulgação)

O desabastecimento de medicamentos no mercado tem pressionado unidades hospitalares. O Instituto Mário Penna começou a considerar o cancelamento de cirurgias oncológicas. A instituição afirma enfrentar problemas para aquisição de relaxantes musculares e sedativos e que a situação se agravou nos últimos dias. “Isso nos leva, no momento, a considerar o cancelamento até mesmo das cirurgias oncológicas”, afirmou em comunicado.

Apesar do desabastecimento, o hospital continua trabalhando para minimizar os danos e impactos aos pacientes que já estão em tratamento. “Não é um problema do instituto, mas um problema geral. A gente tenta comprar e não consegue. A gente não está conseguindo comprar. Estamos tentando fazer empréstimo com alguns hospitais, mas está muito difícil”, explica o médico Rodrigo Vieira, gerente-geral do Instituto Mário Penna.

De acordo com Vieira, as cirurgias eletivas (que são marcadas com antecedência e não são urgentes) desde as estéticas às oncológicas correm o risco de serem adiadas por causa da falta de insumos. “Isso é extremamente problemático porque enquanto o paciente aguarda, o tumor está se desenvolvendo”, afirma o médico.

Vieira esclarece que esses problemas comprometem o atendimento no Hospital Luxemburgo, e não o Hospital Mário Penna, que será de atendimento exclusivo para pacientes com COVID-19.

Segundo o Instituto, há previsão de disponibilização de parte dos insumos para a segunda semana do mês de julho, mas ainda não há previsão para que o estoque volte à normalidade. “Conseguimos algumas coisas por causa de empréstimo. Sem isso a gente estava em situação muito pior. Mas repor de acordo com o que a gente precisa, a gente não consegue. Pelo estoque que temos hoje, a gente não sabe se vai conseguir chegar até o momento de reposição sem que acabe”, disse Vieira.

“Assim como outras instituições, fazemos um apelo aos órgãos competentes para que o reabastecimento de medicamentos aconteça o mais breve possível”, pede a instituição filantrópica em comunicado.


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