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Estado de Minas SUS EM APUROS

Saúde em crise: Santa Casa BH chega à ocupação de 100% na UTI

Enfermarias do hospital também estão em estado crítico, com 96,8% das unidades disponíveis em uso


postado em 04/07/2020 11:55 / atualizado em 06/07/2020 11:33

Santa Casa só atende pacientes do SUS e entrou em estado crítico no uso de leitos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Santa Casa só atende pacientes do SUS e entrou em estado crítico no uso de leitos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

 

A situação de Belo Horizonte na pandemia da COVID-19 se agrava a cada dia quanto à ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria. Em um cenário de recorde de mortes em 24 horas em Minas Gerais, a Santa Casa BH entrou em situação complicada em sua oferta de unidades de terapia intensiva: 100% das vagas disponíveis para pacientes infectados pelo novo coronavírus estão em uso neste sábado (4).

 

Segundo o hospital, a situação das enfermarias também é crítica: ocupação de 96,8%. O indicador também vale apenas para os leitos ligados à COVID-19.

 

O hospital dispõe de 80 leitos de UTI e 158 de enfermaria para COVID-19. Restam somente cinco vagas para pacientes menos graves da doença, que enfrentam a chamada síndrome gripal.

 

A Santa Casa BH, localizada na Avenida Francisco Sales, no Centro-Sul da capital mineira, é o maior hospital 100% SUS de Minas Gerais.

 

Durante a pandemia, o hospital foi dividido em duas unidades para separar o fluxo de pacientes com outras doenças dos infectados pelo coronavírus, justamente para evitar a transmissão da doença: a unidade respiratória (alas B, C e D) e a geral (ala A).

 

A reestruturação teve investimento de R$ 5 milhões, a partir de esforços de empresas privadas e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que deslocou a maior parte do recurso: R$ 2,1 milhões.

 

SUS-BH

 

Conforme o balanço mais recente da Secretaria Municipal de Saúde, a situação da ocupação das enfermarias dedicadas à COVID-19 é de 67% de ocupação. O quadro é seis pontos percentuais inferior ao informado no levantamento anterior, quando foi detectado o recorde de uso até aqui na pandemia: 73%.

 

Com isso, o indicador deixou a chamada classificação vermelha, considerada a mais crítica da escala de risco. Tal atribuição é dada quando a taxa ultrapassa a marca dos 70%. Com os atuais 67% de ocupação, as enfermarias de BH voltam à categoria amarela, a intermediária.

 

Nas UTI’s, por outro lado, a taxa de ocupação continua a mesma do boletim anterior: 87%. Houve uma pequena ampliação na oferta, com adição de quatro unidades de terapia intensiva, mas a situação não se alterou e continua no vermelho.


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