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Estado de Minas COVID-19

Respiradores feitos em MG aguardam homologação; Fiemg pede urgência à Anvisa

Ventiladores produzidos pela mineira Tacom precisam de autorização da vigilância sanitária para serem distribuídos a hospitais


postado em 04/07/2020 18:15 / atualizado em 04/07/2020 18:40

Ventiladores pulmonares são essenciais para compor UTIs de combate ao coronavírus.(foto: Ronny Hartmann/AFP)
Ventiladores pulmonares são essenciais para compor UTIs de combate ao coronavírus. (foto: Ronny Hartmann/AFP)
A empresa mineira Tacom, sediada em Belo Horizonte, aguarda a homologação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir e comercializar, em larga escala, ventiladores pulmonares. A ideia é utilizar os equipamentos no tratamento dos pacientes diagnosticados com quadros graves do novo coronavírus.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) quer que a Vigilância Sanitária nacional dê agilidade ao processo.

Ao Estado de Minas, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, explicou que a Anvisa só pretende liberar os equipamentos depois de todos os testes.

“A Anvisa está fazendo todas as exigências de um processo normal, que normalmente demora um ano. A gente acha que, neste momento, seria bom se alguma urgência ou tolerância a padrões menos relevantes fossem dados”, afirmou.

O pedido de homologação foi feito pela Tacom. Em junho, a empresa estimava produzir, após a liberação, 10 mil equipamentos em três meses. Pensado e desenvolvido em 20 dias, o aparelho foi fruto da soma de forças entre engenheiros, programadores e desenvolvedores.

Os primeiros 1.500 equipamentos já foram encomendados pela Fiemg, que fará a distribuição para hospitais e prefeituras selecionadas. O governo estadual já sinalizou a compra de outros 1.500 respiradores.

O Mater Dei compõe a força-tarefa montada em prol do desenvolvimento do ventilador. A rede de hospitais cedeu a estrutura necessária para a testagem do equipamento.

O respirador produzido pela Tacom tem custo aproximado de R$ 15 mil. O valor é consideravelmente inferior ao praticado por outras empresas. No último mês, por exemplo, o EM mostrou que, em abril, o governo federal desembolsou R$ 78 milhões para adquirir 3,3 mil respiradores da também brasileira KTM.

No mês passado, o diretor comercial da empresa, Marco Antônio Tonussi, assegurou que a prioridade é desafogar o sistema público de saúde.

"Estabelecemos uma política de custos bancados pelas empresas parceiras para que o primeiro lote da Fiemg chegue sem ônus para os hospitais e a preço de custo para o estado. Nossa política também prevê que antes de atender qualquer pedido de empresas revendedoras, vamos atender primeiramente hospitais e órgãos públicos com preços subsidiados", pontuou.

O produto da Tacom tem funcionalidades como a que evita o vazamento de ar contaminado. O equipamento pode ser controlado de forma remota, permitindo que profissionais de saúdes se dediquem a casos mais graves.

Ações judiciais proporcionam respiradores

Em meados de junho, o governador Romeu Zema (Novo) divulgou a distribuição de 500 respiradores às cidades mineiras. Desses, 420 foram comprados com recursos provenientes da Ação Pública movida contra as mineradoras Samarco e BHP por conta da tragédia de Mariana, ocorrida em 2015.

Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, por exemplo, recebeu 10 dos 500 ventiladores adquiridos pelo Executivo estadual. A leva vai reforçar as unidades de terapia intensiva (UTIs) da Santa Casa municipal.

Conserto de ventiladores


Em março, Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e indústrias anunciaram projeto para a recuperação de respiradores danificados. Em outra entrevista ao Estado de Minas, Flávio Roscoe projetou que cada ventilador reparado pode salvar entre 5 e 10 mineiros de óbitos em virtude do coronavírus.

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) também tem atuado no conserto dos insumos. Em maio, o secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, anunciou que a corporação recolheu mais de 400 respiradores para manutenção.

Importância


Os ventiladores mecânicos são fundamentais para o tratamento à COVID-19, infecção que pode trazer consequências aos pulmões. Os equipamentos ajudam, justamente, os portadores de formas agudas da virose.


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