Jornal Estado de Minas

ATROPELAMENTO

Criança de 2 anos sobrevive a atropelamento em Araguari

Um menino de dois anos foi atropelado por um carro no Bairro Goiás, em Araguari, município do Triangulo Mineiro, em 24 de junho, e sofreu apenas ferimentos leves. 

Segundo a família da criança, Theo dos Reis Santos estava com o avô na calçada e foi levado pela avó até o outro lado da rua para encontrar a mãe. A avó entrou em casa para guardar verduras quando o garoto tentou atravessar a rua novamente para devolver o celular ao avô. 





Ao perceber a movimentação da criança, a mãe saiu correndo atrás dela, mas não evitou que o filho fosse atropelado. 

“Eu ia só pegar o bico e a naninha dele. Quando eu olho para trás, ele já tinha saído. Eu corri para tentar pegar ele. Até consegui pegar no bracinho dele, mas ele fez um movimento brusco e atravessou na frente do carro”, relatou Mariana Barbosa dos Reis, mãe de Theo.

Além do impacto com o para-choque do carro, as duas rodas passaram por cima do garoto. A roda dianteira passou em um dos ombros e a traseira atingiu a região lombar.

O motorista, Edson dos Santos Borges, contou que escutou Mariana gritando, mas não teve tempo de reagir para evitar o choque. 

“A mãe gritou e eu meio que olhei para ela. Quando percebi já estava batendo nele. Cheguei a frear, mas logo tirei o pé, pois fiquei com medo de arrastar o menino”, declarou.

Logo após o atropelamento, os familiares da criança a socorreram. Theo foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari.





Na UPA, ele fez exame de raio-X, que não apontou nenhuma fratura óssea. O menino teve apenas um corte na nuca, um dente quebrado e arranhões. A criança ficou de observação até o dia seguinte, quando recebeu alta pelos médicos.
 

Como Theo sobreviveu?

 
Em entrevista ao G1, a pediatra Ana Escobar explicou que, por ser ainda criança, Theo não têm os ossos completamente formados e isso colaborou para que ele recebesse o impacto sem sofrer ferimentos mais graves.

“Os ossos das crianças são mais maleáveis, ele tem uma composição diferente, são mais elásticos. Por isso, quando o carro passou por cima dele com aquela velocidade, essa maleabilidade e elasticidade permitiram que ele ficasse bem sem quebrar nenhum osso”, pontuou a pediatra.

Além disso, outro fator que pode ter salvado o garoto, foi o fato de o motorista do veículo não ter freado. O atrito gerado poderia ter arrastado a criança e causado ferimentos mais graves.
 
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa




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