Em poucos dias, a taxa de ocupação de UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais despencou quase 20 pontos percentuais, mesmo com a acelerada propagação do novo coronavírus.
A queda brusca foi registrada após a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciar uma "mudança de metodologia" na análise dos dados, alegando a necessidade de “unificar os sistemas de gerenciamento de leitos”.
Leia Mais
UFMG vai testar vacina contra COVID-19 este mês e busca voluntáriosCoronavírus: governo aumenta em 56% número de leitos em MinasCOVID-19: Minas chega a 1.230 mortes e acumula quase 60 mil casosSanta Luzia abre leitos de UTI para COVID-19, mas todos já estão ocupadosSebastião Salgado lança manifesto por proteção de povos indígenas contra COVID-19Atualmente, 68,24% das UTIs do sistema público de saúde estão ocupadas. A taxa é bem inferior aos 87,6% da atualização anterior, divulgada em 30 de junho.
De acordo com os novos dados, todas as macrorregiões de saúde de Minas têm UTIs disponíveis. O cenário é bem diferente do apresentado anteriormente, quando Triângulo do Norte e Vale do Aço não dispunham de vagas.
No caso dos leitos clínicos, o índice também baixou, mas em proporções menores. A taxa caiu de 72,7% no último dia 30 para 70,84% nesta segunda.
Segundo os novos dados, apenas uma macrorregião de saúde não possui vagas em leitos de enfermaria: o Triângulo do Sul.
Em comunicado enviado à imprensa, a administração estadual afirmou que a nova metodologia de análise de dados do SUS permite monitoramento em tempo real dos leitos e "é essencial para traçar ações de enfrentamento da COVID-19".
De acordo com o governo, o novo método reduz erros na contagem dos leitos disponíveis. "Pela antiga metodologia, tinha-se a informação sobre a entrada do paciente em determinado leito, não especificando se houve, ou não, mudança dele para outro tipo de leito durante a internação hospitalar", diz a assessora da Superintendência de Regulação, Rosana de Vasconcelos Parra.
Com a nova metodologia, o estado também passou a contabilizar os leitos cirúrgicos, o que aumentou consideravelmente a quantidade de leitos clínicos. Esse incremento não necessariamente significa que foram inaugurados novos equipamentos, mas pode causar redução nas taxas de ocupação.
Os dados divulgados nesta segunda-feira apresentam aumento expressivo no número de leitos em pouco tempo.
Nova metodologia
Em comunicado enviado à imprensa, a administração estadual afirmou que a nova metodologia de análise de dados do SUS permite monitoramento em tempo real dos leitos e "é essencial para traçar ações de enfrentamento da COVID-19".
De acordo com o governo, o novo método reduz erros na contagem dos leitos disponíveis. "Pela antiga metodologia, tinha-se a informação sobre a entrada do paciente em determinado leito, não especificando se houve, ou não, mudança dele para outro tipo de leito durante a internação hospitalar", diz a assessora da Superintendência de Regulação, Rosana de Vasconcelos Parra.
Com a nova metodologia, o estado também passou a contabilizar os leitos cirúrgicos, o que aumentou consideravelmente a quantidade de leitos clínicos. Esse incremento não necessariamente significa que foram inaugurados novos equipamentos, mas pode causar redução nas taxas de ocupação.
Os dados divulgados nesta segunda-feira apresentam aumento expressivo no número de leitos em pouco tempo.
Até o último dia 28 de junho - há pouco mais de uma semana -, eram 12.928 leitos clínicos e 2.964 UTIs. Nesta segunda-feira, os números saltaram, respectivamente, para 20.801 e 3.351.
Número de internações
Embora as taxas de ocupação dos leitos tenham caído, o número total de pacientes com COVID-19 ou suspeita da doença cresceu nos últimos dias.
De acordo com a SES, 2.295 pessoas com o novo coronavírus estão internados na rede pública. São 733 em UTIs e 1.562 em leitos de enfermaria.