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Estado de Minas SUS

COVID-19: 'nova metodologia' do governo de MG faz ocupação de UTIs despencar

Após cinco dias sem atualizações, dados voltaram a ser publicados pela administração estadual nesta segunda-feira


postado em 06/07/2020 16:43 / atualizado em 06/07/2020 21:05

Número de leitos aumentou consideravelmente na contagem do governo estadual(foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Número de leitos aumentou consideravelmente na contagem do governo estadual (foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Em poucos dias, a taxa de ocupação de UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais despencou quase 20 pontos percentuais, mesmo com a acelerada propagação do novo coronavírus.

A queda brusca foi registrada após a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciar uma "mudança de metodologia" na análise dos dados, alegando a necessidade de “unificar os sistemas de gerenciamento de leitos”.

A administração estadual passou cinco dias sem divulgar informações sobre a ocupação de leitos. Nesta segunda-feira (6), voltou a disponibilizar publicamente os dados, que apresentaram mudanças consideráveis.
 
 

Atualmente, 68,24% das UTIs do sistema público de saúde estão ocupadas. A taxa é bem inferior aos 87,6% da atualização anterior, divulgada em 30 de junho.

De acordo com os novos dados, todas as macrorregiões de saúde de Minas têm UTIs disponíveis. O cenário é bem diferente do apresentado anteriormente, quando Triângulo do Norte e Vale do Aço não dispunham de vagas.
 
 

No caso dos leitos clínicos, o índice também baixou, mas em proporções menores. A taxa caiu de 72,7% no último dia 30 para 70,84% nesta segunda.

Segundo os novos dados, apenas uma macrorregião de saúde não possui vagas em leitos de enfermaria: o Triângulo do Sul.

Nova metodologia


Em comunicado enviado à imprensa, a administração estadual afirmou que a nova metodologia de análise de dados do SUS permite monitoramento em tempo real dos leitos e "é essencial para traçar ações de enfrentamento da COVID-19".

De acordo com o governo, o novo método reduz erros na contagem dos leitos disponíveis. "Pela antiga metodologia, tinha-se a informação sobre a entrada do paciente em determinado leito, não especificando se houve, ou não, mudança dele para outro tipo de leito durante a internação hospitalar", diz a assessora da Superintendência de Regulação, Rosana de Vasconcelos Parra.

Com a nova metodologia, o estado também passou a contabilizar os leitos cirúrgicos, o que aumentou consideravelmente a quantidade de leitos clínicos. Esse incremento não necessariamente significa que foram inaugurados novos equipamentos, mas pode causar redução nas taxas de ocupação.

Os dados divulgados nesta segunda-feira apresentam aumento expressivo no número de leitos em pouco tempo.

Até o último dia 28 de junho - há pouco mais de uma semana -, eram 12.928 leitos clínicos e 2.964 UTIs. Nesta segunda-feira, os números saltaram, respectivamente, para 20.801 e 3.351.

Número de internações


Embora as taxas de ocupação dos leitos tenham caído, o número total de pacientes com COVID-19 ou suspeita da doença cresceu nos últimos dias.

De acordo com a SES, 2.295 pessoas com o novo coronavírus estão internados na rede pública. São 733 em UTIs e 1.562 em leitos de enfermaria.

Em 28 de junho, eram 1.981 hospitalizados - 549 em UTIs e 1.432 em leitos de enfermaria.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 




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