A Polícia Civil, a Receita Estadual e o Ministério Público de Minas Gerais cumpriram na manhã desta quarta-feira 14 mandados de busca e apreensão e três de prisão em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo. As ordens visam empresários ligados à rede de varejo especializada em eletrodomésticos Ricardo Eletro e são fruto de uma operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. O fundador da empresa foi preso.
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"A empresa já vem omitindo recolhimento de ICMS há quase uma década. Fiscalizamos há muito tempo, e a partir da decisão do STF de novembro de 2019, onde apropriação indébita é crime, iniciamos a operação. A empresa declara o débito que deve, mas não faz os pagamentos. Faz os parcelamentos, mas não cumpria", disse Antônio de Castro Vaz, superintendente regional da Fazenda. Há também a suspeita de ocultação de bens por parte dos empresários.
Em Belo Horizonte, uma mansão no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi alvo de mandados. O segurança da residência de luxo foi preso por desobecer ordem policial. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi visitado pelas autoridades.
Em Belo Horizonte, uma mansão no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi alvo de mandados. O segurança da residência de luxo foi preso por desobecer ordem policial. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi visitado pelas autoridades.
A operação, batizada de “Direto Com o Dono”, também reflete em ordens em Nova Lima, também na Região Metropolitana, e em duas cidades paulistas: Santo André e São Paulo. Segundo a Polícia Civil, Ricardo Nunes foi preso em solo paulistano. Outro suspeito também foi detido em BH, enquanto outro está foragido. (Colaborou Cristiane Silva)
O que diz a Ricardo Eletro
A Ricardo Eletro informa que Ricardo Nunes e/ou familiares não fazem parte do seu quadro de acionistas e nem mesmo da administração da companhia desde 2019, que hoje tem controle acionário diferente. A Companhia vem trabalhando para superar as crises financeiras que a assolam desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019.
Vale ainda esclarecer que operação realizada hoje (08/07) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, faz parte de processos anteriores à gestão atual da Companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo ligação com a Companhia.
Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas, e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais.
A Ricardo Eletro se coloca à disposição para colaborar integralmente com as investigações.
Atenciosamente
Pedro Bianchi
CEO