O secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que a mudança de metodologia de coleta dos dados no painel da COVID-19 melhorou a apresentação de informações sobre a doença no estado, principalmente em relação à ocupação de leitos de terapia intensiva. No entanto, ele destacou que "a flutuação não caracteriza melhora".
"O que fizemos na útlima semana foi uma atualização com revisão de metodologia de divulgação", informou. O secretário explicou que, anteriormente, havia um descompasso entre a situação real de ocupação de leitos e a informação que era colocada no sistema do SUS Fácil.
Segundo o secretário, costumava ser verificado que um leito de UTI permanecia ocupado mesmo depois de o paciente ter desocupado e ter sido encaminhado para a enfermaria para continuar o tratamento. Com a nova metodologia, Carlos Amaral ressaltou que uma equipe da SES entra em contato com o hospital para confirmar a real situação dos leitos. "Ligamos para prestador e conferimos. A taxa de coincidência é alta, o que demonstra a qualidade nos dados", avaliou.
Quando questionado sobre a mudança nos percentuais de ocupação de leitos de UTIs nas macrorregiões de saúde, o secretário afirmou que as regiões não superaram o percentual de 90%. Antes da reformulação, porém, algumas macrorregiões, como a Vale do Aço, chegou a superar os 90%. "Efetivamente não se passou a média de 90% nas regiões", garantiu.
O secretário afirmou ainda que a forma de agregar os dados sobre leitos adotada pela SES ajuda no gerenciamento do leito. Ele afirmou que, se necessário, uma unidade hospitalar pode fazer a "reversão de unidades em bloco", ou seja, explicou que leitos comuns podem ser modificados para leitos de COVID-19 e vice-versa.