Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, desembarcou no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira. Ele estava em São Paulo e deve ser levado para o Instituto Médico Legal (IML) para exames.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, após conclusão dos serviços de Polícia Judiciária, os suspeitos serão encaminhados ao sistema prisional.
A Polícia Civil, a Receita Estadual e o Ministério Público de Minas Gerais cumpriram nesta manhã 14 mandados de busca e apreensão e três de prisão em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo.
As ordens visam empresários ligados à rede de varejo especializada em eletrodomésticos Ricardo Eletro e são fruto de uma operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
As autoridades estimam que os empresários tenham sido beneficiados em R$ 387 milhões pelas infrações nos últimos cinco anos. Entre os gestores alvos da operação está Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro. Parentes do administrador, como o irmão mais novo, Rodrigo Nunes, e a filha mais velha, Laura Nunes, também são suspeitos.
“As investigações começaram em 2018, através de inquérito policial, onde foi verificado que o investigado mantinha conduta, de forma reiterada, para omissão do pagamento, se apropriando do ICMS não recolhido. Em contrapartida, o seu patrimônio, das empresas patrimoniais em nome da filha e da mãe, só crescia. A partir desse momento, de uma ocultação do dinheiro sonegado, representamos ao Poder Judiciário pelo sequestro dos bens patrimoniais, sendo deferido em torno de R$ 60 milhões, visando ressarcir os cofres do estado de Minas Gerais”, detalhou o responsável pelo inquérito, o delegado Vitor Abdala.
Em Belo Horizonte, uma mansão no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi alvo de mandados. O segurança da residência de luxo foi preso por desobecer ordem policial. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi visitado pelas autoridades.
O que diz a Ricardo Eletro
A Ricardo Eletro informa que Ricardo Nunes e/ou familiares não fazem parte do seu quadro de acionistas e nem mesmo da administração da companhia desde 2019, que hoje tem controle acionário diferente. A Companhia vem trabalhando para superar as crises financeiras que a assolam desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019.
Vale ainda esclarecer que operação realizada hoje (08/07) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, faz parte de processos anteriores à gestão atual da Companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo ligação com a Companhia.
Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas, e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais.
A Ricardo Eletro se coloca à disposição para colaborar integralmente com as investigações.
Atenciosamente Pedro Bianchi CEO
(Com informações de Matheus Muratori)
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, após conclusão dos serviços de Polícia Judiciária, os suspeitos serão encaminhados ao sistema prisional.
A Polícia Civil, a Receita Estadual e o Ministério Público de Minas Gerais cumpriram nesta manhã 14 mandados de busca e apreensão e três de prisão em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo.
As ordens visam empresários ligados à rede de varejo especializada em eletrodomésticos Ricardo Eletro e são fruto de uma operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
As autoridades estimam que os empresários tenham sido beneficiados em R$ 387 milhões pelas infrações nos últimos cinco anos. Entre os gestores alvos da operação está Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro. Parentes do administrador, como o irmão mais novo, Rodrigo Nunes, e a filha mais velha, Laura Nunes, também são suspeitos.
Em Belo Horizonte, uma mansão no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi alvo de mandados. O segurança da residência de luxo foi preso por desobecer ordem policial. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi visitado pelas autoridades.
O que diz a Ricardo Eletro
A Ricardo Eletro informa que Ricardo Nunes e/ou familiares não fazem parte do seu quadro de acionistas e nem mesmo da administração da companhia desde 2019, que hoje tem controle acionário diferente. A Companhia vem trabalhando para superar as crises financeiras que a assolam desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019.
Vale ainda esclarecer que operação realizada hoje (08/07) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, faz parte de processos anteriores à gestão atual da Companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo ligação com a Companhia.
Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas, e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais.
A Ricardo Eletro se coloca à disposição para colaborar integralmente com as investigações.
Atenciosamente Pedro Bianchi CEO
(Com informações de Matheus Muratori)