Grandes vilãs da não flexibilização do comércio em Belo Horizonte em mais uma semana, as taxas de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para pacientes infectados pelo novo coronavírus não se alteraram na cidade no último boletim epidemiológico, divulgado pelo Executivo municipal nesta quinta-feira (9). Isso quando comparadas com o levantamento dessa quarta (8).
E a estagnação aconteceu em um cenário de aumento da oferta de leitos: o número de pacientes internados é que aumentou e impediu um respiro nos indicadores.
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Com base nesse levantamento mais recente, BH dispõe de 370 leitos de UTI para pacientes com COVID-19: 340 ocupados e 30 disponíveis.
Ao mesmo tempo, são 1.003 enfermarias para pacientes que enfrentam a virose: 762 em uso e 241 desocupadas.
No comparativo entre os dois boletins mais recentes, houve acréscimo de 24 enfermarias e 10 unidades de terapia intensiva. Como a taxa de ocupação não se alterou, o número de internados também teve aumento: mais oito em estado grave (UTIs) e outros 20 nos leitos clínicos.
Quadro geral
Considerando-se a ocupação das UTIs para todas as doenças, inclusive para a COVID-19, a taxa de BH é de 86%. Assim, 890 dos 1.035 leitos abrigam ao menos um paciente.
Nas enfermarias, o índice é de 68%: 3.120 dos 4.588 estão em uso na cidade.
Novo recorde
Na quarta-feira, a reportagem do Estado de Minas havia informado que Belo Horizonte havia registrado o recorde de ocupação das UTIs para COVID-19 naquele boletim: 92%.
Nesta quinta, contudo, a prefeitura divulgou o levantamento desse sábado (4), que não estava disponível nos balanços anteriores. Isso porque o Executivo municipal não divulga boletins epidemiológicos aos fins de semana.
Naquele dia, contudo, BH computou uma taxa de ocupação de 93% na terapia intensiva. Esse parâmetro passa, portanto, a ser o novo recorde de uso das UTIs para COVID-19 na cidade.