A empresa Nutribom Empreendimentos Ltda divulgou nota nesta quinta-feira (9/7) lamentando a decisão do governo de Minas de retomar a posse do Expominas, no Bairro Gameleira, usado para instalar um hospital de campanha para tratamento de casos de coronavírus de baixa complexidade. A empresa alega estar surpresa e se diz decepcionada pela atitude do Estado de romper o contrato de forma unilateral.
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Santa Casa BH entrega medalha aos pacientes curados de COVID-19 Ação da CDL oferece a motociclistas testes gratuitos para a COVID-19CDL volta a criticar Kalil por não seguir com reabertura do comércioExpominas volta a ser centro de eventos depois de oito meses COVID-19: UTIs de BH e outras quatro capitais estão à beira do colapsoRetomada do Expominas visa 'preservar interesse dos mineiros', diz secretário Otto Levy"Em momento algum houve interrupção das atividades de instalação do hospital por parte da equipe da Nutribom. A concessionária, inclusive, contribuiu, durante os 104 dias em que esteve presente no espaço, para o reconhecimento e a utilização adequada da infraestrutura do Expominas, disponibilizando uma equipe qualificada e prestando toda a assistência, apoio e suporte às diferentes demandas apresentadas no período", diz a empresa.
De acordo com o governo, a Nutribom será ressarcida em relação aos custos durante o período de funcionamento do hospital de campanha. Mas o caso pode parar na Justiça.
"Apesar das várias pactuações em relação às novas condições e cláusulas contratuais, a empresa foi surpreendida com a decisão discricionária e unilateral do Governo de Minas, por meio da resolução conjunta SEPLAG/PMMG n°10.197/2020, de 8 de julho de 2020, inclusive com a participação, desnecessária, da força policial para a requisição do espaço, bens e serviços, que, até 2028, está sob a gestão e a operação da Nutribom", alega a empresa.
Nessa quinta-feira (9/7), o governo usou várias viaturas da Polícia Militar para fazer a retomada do espaço, que está com atividades suspensas desde o início da pandemia da COVID-19. A intenção do governador Romeu Zema e do secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, é de que o novo hospital comece a ser utilizado a partir da semana que vem, quando está previsto o pico da doença em Minas. E garante que irá ressarcir a concessionária pela “continuidade da prestação de serviços essenciais, já executada no local por meio de contrato”.
O Expominas é propriedade da Codemge, órgão da administração indireta do estado, mas desde abril de 2018 está sob a administração privada da Nutribom, vencedora de licitação. O governo alega que não chegou a acordo financeiro com a empresa para cessão do local em virtude de divergência na prestação de serviços. "Estamos mantendo com os prestadores de serviços as mesmas condições contratuais com que eles têm com a Nutribom. Não há nenhum custo a mais. Essa era a base que a Codemge gostaria de negociar. A concessionária gostaria de ganhar em cima disso", afirmou o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, ao Estado de Minas.
Ele explicou o porquê de o governo tomar posse do espaço de eventos: "Desde o fim de março, quando optamos por abrir o hospital de campanha, a Codemge entrou em negociação com a Nutribom referente à cessão do espaço em si, tendo em vista que todos os eventos de aglomeração estão suspensos. Então, ela não poderia faturar nada nesse período. É um fato. A outra parte seria a cessão dos prestadores de serviços que ela opera no espaço. A Codemge não conseguiu chegar a acordo financeiro com a Nutribom, sobretudo com a parte relacionada aos serviços. Tendo em vista que que o Estado optou pelo funcionamento do hospital de campanha antes do pico, a constituição nos permite, que diante do interesse público e do risco que a população está correndo por não ter mais leitos na região metropolitana, fazer a requisição do espaço e dos serviços".
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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