O racismo, que retira oportunidades e direitos da população negra em todo o Brasil, pode ser comprovado, também, por meio dos números da pandemia de COVID-19 em Minas Gerais.
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Em nível nacional, a desigualdade se repete. Dos 8.963 pacientes negros (soma de pretos e pardos) internados com COVID-19 no Brasil, 54,8% morreram em hospitais.
Entre os 9.988 brancos internados pela doença, a taxa de letalidade foi de 37,9%. O estudo foi realizado por pesquisadores do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que analisaram 29.933 ‘casos encerrados’ de COVID-19.
Considera-se caso encerrado o de pessoa que se recuperou ou que faleceu.
Entre os 9.988 brancos internados pela doença, a taxa de letalidade foi de 37,9%. O estudo foi realizado por pesquisadores do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que analisaram 29.933 ‘casos encerrados’ de COVID-19.
Considera-se caso encerrado o de pessoa que se recuperou ou que faleceu.
A situação se repete também fora do Brasil. Um estudo da University of Chicago, nos Estados Unidos, demonstrou que negros têm maior risco de contrair a COVID-19 e também a versão mais grave da doença.
Isso porque a maioria dos negros americanos trabalha em situações de maior exposição ao coronavírus, como seguranças, zeladores e entregadores e em atividades essenciais (que não pararam durante a quarentena), como motoristas de ônibus e funcionários públicos de saneamento básico, entre outros.
‘Preto’ ou ‘negro’?
Recentemente, a discussão sobre a forma de se referir à população preta foi objeto de várias publicações em redes sociais.
Tecnicamente, segundo critérios do IBGE, as palavras ‘preto’ e ‘negro’ não são sinônimas. De acordo com o órgão, a população negra é composta pela soma dos pretos e pardos.
Os dois últimos censos realizados pelo IBGE (2000 e 2010) trouxeram quatro classificações étnicas, nesta ordem: branca, preta, amarela, parda e indígena.
O método principal para identificação étnica das pessoas é a autodeclaração, em que a própria pessoa escolhe o grupo do qual se considera membro.
Os dois últimos censos realizados pelo IBGE (2000 e 2010) trouxeram quatro classificações étnicas, nesta ordem: branca, preta, amarela, parda e indígena.
O método principal para identificação étnica das pessoas é a autodeclaração, em que a própria pessoa escolhe o grupo do qual se considera membro.
O Censo 2010 apontou que o total da população brasileira é de 190.755.799. Desse total, 91.051.646 se autodeclararam brancos (47,73%), 82.277.333 como pardos (43,13%), 14.517.961 como
pretos (7,61%), 2.084.288 como amarelos (1,09%) e 817.963 (0,42%) como indígenas, enquanto 6.608 (0,003%) não declararam cor ou raça.