A Polícia Civil identificou uma mulher acusada de tentar dar um golpe para venda de testes rápidos para detecção de anticorpos do novo coronavírus ao governo de Minas Gerais durante a pandemia. A suspeita ainda ofereceu propina a uma servidora da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para garantir que seria vencedora da licitação.
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Ela se passou por funcionária de uma empresa especializada na fabricação do produto. Na proposta apresentada pela golpista, cada teste custaria R$ 134 aos cofres públicos – o que totalizaria R$ 134 milhões.
Para garantir a escolha dessa proposta, a mulher chegou a oferecer propina a uma servidora da Seplag. Essa funcionária pública receberia entre R$ 5 e R$ 8 no esquema, um montante milionário.
Contudo, essa servidora avisou aos seus superiores e o assunto chegou até a o Controladoria-Geral do Estado. Esse órgão acionou a polícia, que começou as investigações no início do mês.
Na operação, realizada nas capitais de São Paulo e Goiás, a polícia conseguiu recuperar documentos e materiais relacionados aos crimes.
“Encontramos diversos cartões, com várias contas bancárias, mecanismos de armazenamento diversos e também conseguimos recuperar a imagem da conversa, via aplicativo de mensagem, em que a investigada oferece propina para a servidora do Estado”, detalhou o delegado Gabriel Ciríaco.