Jornal Estado de Minas

TECNOLOGIA

Aplicativo vai monitorar 39 mil pessoas com sintomas de COVID-19 em BH

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)
Pelos próximos três meses, 39 mil pacientes com sintomas de COVID-19 em Belo Horizonte serão monitorados por meio de um aplicativo. Implementada nesta semana, a tecnologia usará a câmera de celular para detectar sinais vitais, como saturação de oxigênio, respiração, níveis de stress e frequência cardíaca.



Qualquer morador da capital mineira que tiver cadastro em um centro de saúde e sentir sintomas da doença, como tosse, dor de garganta, congestão nasal e coriza, pode se consultar pelo site consultacoronavirus.pbh.gov.br. Depois de ser atendido, o paciente receberá um link para acessar a plataforma de telemedicina da Unimed-BH, cedida gratuitamente ao município.

O usuário, então, poderá baixar o aplicativo, fazer o cadastro e enviar seus dados para profissionais, que o acompanharão ao longo de um mês, sem a necessidade de deslocamento a uma unidade de saúde.

O aplicativo utiliza tecnologias de processamento de sinal e Inteligência Artificial, combinada com um processador matemático que analisa a imagem através do reconhecimento facial. Os sinais vitais são captados a partir da bochecha e da testa do paciente. Pela primeira vez o aplicativo está disponível no Brasil. Desenvolvido em Israel, ele já é utilizado por cerca de 20 milhões de pacientes em todo o mundo.



O app foi produzido pela empresa Binah e selecionada pelo ‘Desafio Vale COVID-19’, uma parceria da Vale com o Hospital Israelita Albert Einstein e a Rede Mater Dei de Saúde, cujo objetivo é ‘apoiar soluções que reduzam os impactos do novo coronavírus na sociedade’.

Lançado em março, o edital destina US$ 1 milhão (R$ 5,37 milhões) para 12 soluções no Brasil e no Canadá. Todas as parceiras contempladas doarão uma parte do material produzido ou do serviço oferecido para instituições de saúde de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo, entre outros. No total serão beneficiadas 600 mil pessoas e cerca de 100 hospitais.