A cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, registrou queda de 52,06% no índice de criminalidade, no período de janeiro a junho deste ano, em comparação com 2019. Esse número coloca o 35º BPM em primeiro lugar na redução de crimes entre os 87 batalhões da Polícia Militar em Minas Gerais.
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De janeiro a junho de 2019 foram registrados 509 crimes violentos, enquanto que no mesmo período de 2020, houve o registro de 244, o que representa uma queda de 52,06%.
A redução no percentual de homicídios é da ordem de 15,79% – em 2019 foram 19 e, neste ano, 16.
A redução no percentual de homicídios é da ordem de 15,79% – em 2019 foram 19 e, neste ano, 16.
A maior redução foi no número de roubos, de 57,43%. O total caiu de 451, no ano passado, para 192 em 2020. Nos furtos, a redução foi de 14,6%. O total de armas apreendidas, em 2020, foi de 112, contra 101 em 2019.
O tenente-coronel ressalta que o aumento nas operações e ações preventivas é fundamental para obter o resultado. Contudo, o que mais chama a atenção foram as ações preventivas: no ano passado foram 98, número que subiu para 1.253 em 2020.
O aumento de operações foi de quase 50%: 10.015 no primeiro semestre de 2019 contra 15.321 neste ano.
O aumento de operações foi de quase 50%: 10.015 no primeiro semestre de 2019 contra 15.321 neste ano.
Aspectos significativos
Uma das regiões tidas como das violentas da Grande BH é o Conjunto Palmital. Esse foi um dos pontos de foco do comandante, que assumiu o 35º em janeiro.
“Identificamos, na verdade, que o Palmital é um bolsão de miséria. O número de homicídios era alto. Foi então que o GEPAR fez um trabalho de sofisticação, com a mobilização social. Deu resultado. A PM se aproximou do cidadão, que se tornou nosso parceiro. Existia também um conflito de gangues, na disputa por pontos de drogas. O aumento do patrulhamento noturno ajudou a combater o tráfico”, conta.
“Identificamos, na verdade, que o Palmital é um bolsão de miséria. O número de homicídios era alto. Foi então que o GEPAR fez um trabalho de sofisticação, com a mobilização social. Deu resultado. A PM se aproximou do cidadão, que se tornou nosso parceiro. Existia também um conflito de gangues, na disputa por pontos de drogas. O aumento do patrulhamento noturno ajudou a combater o tráfico”, conta.
Segundo o tenente-coronel Rocha, há outro aspecto que difere Santa Luzia de outras cidades da Grande BH: “Além dos problemas da cidade grande, temos também a zona rural, com registros de invasões e roubo. Existe o plantio de café e de criação de gado. Criamos, então, uma patrulha rural”.
O Palmital era uma preocupação, assim como o Bairro São Benedito, mas uma volta ao passado – o retorno do policiamento a pé – acabou se mostrando como uma grande solução: “Antigamente, a Polícia Militar trabalhava com uma dupla, conhecida como 'Cosme e Damião'. Foi o que fizemos. Readotamos esse procedimento".
O comandante da área ainda ressalta a importância do trabalho feito pela inteligência da PM: “Tem sido fundamental para podermos detectar e coibir ações violentas”.