A Polícia Civil realizou, na manhã desta segunda-feira (13), a reconstituição do crime que matou o estudante de piano Luis Gustavo Botelho em Varginha, Sul de Minas Gerais, em 5 deste mês. O trabalho de remontagem da cena durou duas horas.
Os policiais isolaram parte da Avenida Padre Bruno para que nenhum contratempo atrasasse a reconstituição. Três testemunhas do assassinato ajudaram a polícia a refazer a cena. O suspeito não foi autorizado a participar da simulação.
O delegado Jorge Bruno Barbosa, responsável pela reconstituição do crime, explicou que o homem não foi liberado pelo presídio de Elói Mendes, cidade próxima à Varginha. Segundo ele, o presídio “é considerado a porta de entrada do sistema penitenciário da Região Sul de Minas”.
“A central de Belo Horizonte determinou que o presídio não o liberasse para a reconstituição. O argumento é que, enquanto o presídio estiver em triagem, ele não poderia ser liberado. Só a partir do dia 20, quando ele fosse recambiado no presídio de Varginha”, declarou o delegado.
Ainda de acordo com Jorge Bruno Barbosa, a Polícia Civil não poderia esperar até o dia 20 para fazer a simulação, pois existe um prazo de 10 dias para a entrega das investigações – que se encerra nesta quarta-feira (15).
Golpes de canivete
O estudante do conservatório de Varginha Luis Gustavo Botelho, de 22 anos, foi atingido no peito por golpes de canivete. Segundo as investigações da polícia, houve uma briga entre a vítima e o suspeito do assassinato, de 24 anos. Após cometer o crime ele fugiu, mas foi preso no mesmo dia.
Para a polícia, o motivo da briga teria sido uma recusa da vítima em cumprimentar o homem suspeito.
De acordo com o delegado, “o objetivo da reconstituição é justamente demonstrar que a versão do suspeito não tem qualquer fundamento”. Para ele, “quando a perícia reproduzisse essa versão aqui na reconstituição iria ficar claro que ela não tem nenhuma compatibilidade”.
“Todas as testemunhas que presenciaram o fato falaram que a briga começou porque a vítima se recusou a cumprimentar o suspeito. Ele foi em direção à vítima e ela se recusou a estender a mão. Ele nega isso, e não conseguiu apresentar uma motivação razoável para o crime que cometeu”, relatou Jorge Bruno Barbosa.
A Polícia Civil deve apresentar a conclusão das investigações ao Ministério Público na quarta-feira (15).
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina