A pausa nas atividades anunciada em meados de junho pelo restaurante Alma Chef converteu-se em fechamento definitivo. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13) ao Estado de Minas pela assessoria dos proprietários da casa, instalada no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital. O negócio empregava cerca de 40 pessoas, entre garçons, cozinheiros, ajudantes de cozinha, sommeliers e funcionários administrativos.
Comovido, o chef Felipe Rameh - um dos sócios - despediu-se de clientes e fornecedores nesta madrugada, por meio de um post publicado em sua conta no Instagram.
"Foi difícil vir até aqui para anunciar esse fechamento. A metade dos 12 anos que vivo em BH foram dedicados ao Alma Chef. É um tantão de vida dedicado a um sonho, um projeto, uma ideia", disse o empresário na rede social. "Sobre o futuro, posso dizer que teremos mais comida boa, ensinamentos e grandes desafios. Continuarei por aqui multiplicando esse poder mágico que a boa comida carrega. Evoé!", acrescentou.
Em 27 de junho, o empreendimento promoveu uma live de despedida no Instagram. Durante a transmissão, o chef Caio Soter compartilhou receitas e segredos culinários com os seguidores. Na ocasião, a clientela pôde fazer pedidos via delivery pela última vez. Dez dias antes (16 de junho), o restaurante havia anunciado supensão por tempo indeterminado das atividades. A crise provovocada pela pandemia do novo coronavírus, foi a principal justificativa apresentada para a paralisação.
Em 27 de junho, o empreendimento promoveu uma live de despedida no Instagram. Durante a transmissão, o chef Caio Soter compartilhou receitas e segredos culinários com os seguidores. Na ocasião, a clientela pôde fazer pedidos via delivery pela última vez. Dez dias antes (16 de junho), o restaurante havia anunciado supensão por tempo indeterminado das atividades. A crise provovocada pela pandemia do novo coronavírus, foi a principal justificativa apresentada para a paralisação.
Fundado em 2014 por Felipe Rameh e Thiago Guerra, o Alma Chef ocupou, por seis anos, o imóvel da Rua Curitiba onde funcionou a VideoMania, tradicional videolocadora da cidade, que fechou as portas em 2013. O espaço gastronômico oferecia serviço a la carte noturno, aulas de culinária e eventos corporativos. O local abrigava também um empório.
Cenário devastador
No início de junho, A Favorita, outro tradicional restaurante do Bairro de Lourdes, também saiu definitivamente de cena. Segundo funcionários da casa - 50, no total - a situação foi comunicada via WhatsApp pelo proprietário Fernando Areco Motta.
Os empregados alegam que estão com salários atrasados - o último teria sido pago em abril - e reinvindicam o recebimento de obrigações trabalhistas, como férias vencidas.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) estima que a pandemia tenha provocado o fechamento de 30% dos 22.524 emprendimentos que funcionam BH. Mais da metade dos 135.144 empregados diretos do setor já teria sido demitida.