Em tom de desabafo, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) voltou a demonstrar descontentamento com as críticas que tem sofrido por manter o fechamento do comércio considerado não essencial em Belo Horizonte como forma de conter o avanço da COVID-19. Em transmissão ao vivo nesta segunda-feira (13), o chefe do Executivo municipal atacou a quem chamou de “parasitas do vírus”.
“Críticas e parasitas do vírus, este pessoal nojento que fica se aproveitando de mortos e de situações dramáticas, isso não me afeta. O que me afeta é morte. Todos os que morreram nesta cidade, os 270 que morreram nesses meses, morreram cuidados, com especialistas, com médicos, com intensivistas, com fisioterapeutas, com toda a rede que é necessária para cuidar de um cardiopata, de um diabético, de um cara que tem pressão alta”, disse.
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“Eu não fui eleito para agradar ninguém. Fui eleito para cuidar da população. Ninguém sabe o que estou passando, ninguém tem ideia do que eu estou passando. Agora, tem uma coisa que não vou levar para a minha vida, para as minhas costas, que é morte. E a morte está cada vez mais perto. O doente agora é seu vizinho, seu amigo, é o conhecido do seu conhecido. E ela está chegando muito próxima da gente”, completou.
Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta segunda pela PBH, a capital registra 10.618 casos confirmados de COVID-19, dos quais 270 resultaram em mortes.