Belo Horizonte tem 270 óbitos pelo novo coronavírus, segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (13). Para o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a aproximação dos números à “vida real” da população torna as medidas restritivas necessárias.
“Tem uma coisa que não vou levar para a minha vida, para as minhas costas, que é morte. E a morte está cada vez mais perto. O doente agora é seu vizinho, seu amigo, é o conhecido do seu conhecido. E ela está chegando muito próxima da gente”, avaliou, nesta segunda, em transmissão ao vivo feita no Facebook.
Kalil pediu “desculpas” aos afetados pelas medidas, mas crê na recuperação da cidade após o fim da pandemia. Segundo ele, a necessidade de retomar a economia não pode se sobrepor às baixas causadas pela infecção.
“Me perdoem, principalmente os comerciantes e os desempregados, que estão sofrendo. Mas, gente, nós vamos arrumar tudo de novo. A pandemia veio. Nós tivemos duas grandes guerras mundiais, nós tivemos a gripe espanhola. E o mundo está aí, voltou ao normal. Mas quando você perde um filho, quando você perde um irmão, um pai, uma mãe, por pressão, incompetência ou desleixo, é uma coisa que não é possível que todos não fiquem indignados”, afirmou.
Reunião agendada
O chefe do Executivo municipal anunciou, para a próxima quarta (15), reunião com representantes do comércio. Ele ressaltou que o fechamento do comércio é uma medida passageira, mas pediu compreensão: “Não adianta a pressão”, avisou.
Em BH, podem funcionar apenas os serviços tidos como essenciais. O decreto que determinou a volta da capital mineira à fase zero de flexibilização do isolamento completa 15 dias de vigência nesta segunda.