O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, reconheceu que o pico da COVID-19, projetado para esta quarta-feira (15), não se confirmou. Embora os números estejam em patamar alto, 82 mil casos confirmados e 1.752 mortes, o secretário disse que o estado não deverá repetir comportamento verificado em outros países e até em outros estados brasileiros, que chegaram no ápice da curva e, depois, viram os números decrescerem.
Sem apontar quando os números podem começar a cair, embora tenha dito na coletiva de terça sobre a tendência de queda, o secretário apresentou algumas das bases adotadas pelo estado no enfrentamento ao novo coronavírus.
Ele reforçou que o governo de Minas pretende não ampliar o número de testes, medida indicada pela Organização Mundial de Saúde e adotada por muitos países que conseguiram frear a doença. Ao contário, Carlos Amaral afirmou que o plano é manter a testagem em grupos específicos: pacientes com sintomas da doença, profissionais da saúde e da segurança, população carcerária e população de idosos que vivem em casas de recolhimento.
O secretário acredita que a ampliação no número de leitos é a forma mais eficaz de lidar com a epidemia. O secretário ressalta que a SES apliou de 2.072 para cerca de 3.400 o número de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Ele ainda afirmou que está distribuindo respiradores como forma de ampliar os leitos. Segundo o secretário, são entregues 18 respiradores por dia às unidades de saúde no estado.
Apesar de a semana ser considerada a de maior estresse para o sistema assistencial, o secretário-adjunto Marcelo Cabral não vê falha no planejamento do Hospital de Campanha que abriu, nesta semana, com apenas 30 leitos. Ele informou que foi escolhida a organização social que fará o gerenciamento do espaço, no entanto, não informou qual o nome da instituição nem quando ela começará a atuar.
Mesmo com baixa testagem, os números do próprio governo demonstram o avanço do novo coronavírus. A partir dos diagnósticos positivos, o secretário informou que o percentual de positividade é de 35%, ou seja, para cada suspeito de diagnóstico há 35% de chances de confirmar a COVID-19. Em Minas, um terço das suspeitas se confrma.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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