Em reunião com empresários na tarde desta quarta-feira (15), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse que Belo Horizonte ainda não retomará o processo de abertura do comércio. A decisão do chefe do Executivo municipal foi revelada pelo presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) da capital, Nadim Donato, em entrevista coletiva logo após o encontro, que durou quase duas horas.
"Os números ainda não são bons, infelizmente. Não vai haver reabertura na próxima semana, mas a prefeitura ficou de estudar um ‘quatro por três’ proposto por nós. O Sindilojas fez uma proposta, junto com outros sindicatos, de abertura de ‘quatro dias por três’. Seriam quatro dias em que todo o comércio abriria as portas, e três dias fechados", disse Nadim.
Desde 29 de junho, BH está na chamada 'Fase Zero' do processo de abertura do comércio, em que apenas serviços considerados essenciais podem funcionar. A proposta do Sindilojas será analisada pela administração municipal. Porém, ainda não há data prevista para a flexibilização do isolamento social.
“Estamos vivenciando o pior período da pandemia em Belo Horizonte e em Minas Gerais (até agora). Nós não sabemos nem se chegamos ao pico. E se chegamos ao pico, não sabemos quanto tempo este platô durará. Então, acho que é um erro, uma irresponsabilidade, programar datas (para reabertura) quando os nossos indicadores estão no pior momento e não sabemos como vai ser o comportamento (da curva de infecções) amanhã ou depois de amanhã, muito menos na próxima semana”, avaliou o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano, que integra o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 de BH.
Além de Kalil, representaram a prefeitura na reunião especialistas do comitê e os secretários municipais de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis; da Fazenda, João Fleury Teixeira; e de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato.
"Os números ainda não são bons, infelizmente. Não vai haver reabertura na próxima semana, mas a prefeitura ficou de estudar um ‘quatro por três’ proposto por nós. O Sindilojas fez uma proposta, junto com outros sindicatos, de abertura de ‘quatro dias por três’. Seriam quatro dias em que todo o comércio abriria as portas, e três dias fechados", disse Nadim.
Desde 29 de junho, BH está na chamada 'Fase Zero' do processo de abertura do comércio, em que apenas serviços considerados essenciais podem funcionar. A proposta do Sindilojas será analisada pela administração municipal. Porém, ainda não há data prevista para a flexibilização do isolamento social.
“Estamos vivenciando o pior período da pandemia em Belo Horizonte e em Minas Gerais (até agora). Nós não sabemos nem se chegamos ao pico. E se chegamos ao pico, não sabemos quanto tempo este platô durará. Então, acho que é um erro, uma irresponsabilidade, programar datas (para reabertura) quando os nossos indicadores estão no pior momento e não sabemos como vai ser o comportamento (da curva de infecções) amanhã ou depois de amanhã, muito menos na próxima semana”, avaliou o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano, que integra o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 de BH.
Além de Kalil, representaram a prefeitura na reunião especialistas do comitê e os secretários municipais de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis; da Fazenda, João Fleury Teixeira; e de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato.
Líderes de diferentes setores do comércio estiveram no encontro, em especial daqueles que não podem funcionar desde a implementação das primeiras medidas de isolamento social na cidade, em março. A principal ausência foi da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que alegou não ter sido convidada por Kalil. A relação do prefeito com a entidade se desgastou nas últimas semanas por conta de discordâncias sobre flexibilizar ou não o isolamento social na capital em meio à pandemia do novo coronavírus.
Baseado em análises de especialistas do comitê, Kalil defende que ainda não é hora de retomar a reabertura do comércio. A CDL, por outro lado, cobra da administração municipal ampliação na estrutura hospitalar da cidade para, assim, permitir a flexibilização do isolamento mesmo num momento de disseminação acelerada da doença.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também não participou do encontro. Questionado sobre os motivos de essas duas entidades terem ficado de fora, o secretário André Reis garantiu que não há falta de diálogo.
"Fora deste espaço, a gente vem se encontrando com muita gente o tempo todo. Conversamos com Abrasel e CDL também. Nesta reunião - e foi o que o prefeito pensou -, buscamos setores que não abriram até agora. Todo mundo que estava aqui é de setores que não abriram (desde março)", disse.
Além do presidente do Sindilojas, participaram outros seis representantes do empresariado da capital: Alfredo Aparecido Modesto, da Lojas Pernambucanas; Fernanda Thibau, vice-presidente da Associação Mineira de Empresas de Moda (Amem); Fábio Freitas, coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce); Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhorb); Marco Polo, diretor da Associação de Lojistas do Barro Preto (Ascobap); e o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos Vestuário e Armarinhos (Sincateva).
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também não participou do encontro. Questionado sobre os motivos de essas duas entidades terem ficado de fora, o secretário André Reis garantiu que não há falta de diálogo.
"Fora deste espaço, a gente vem se encontrando com muita gente o tempo todo. Conversamos com Abrasel e CDL também. Nesta reunião - e foi o que o prefeito pensou -, buscamos setores que não abriram até agora. Todo mundo que estava aqui é de setores que não abriram (desde março)", disse.
Além do presidente do Sindilojas, participaram outros seis representantes do empresariado da capital: Alfredo Aparecido Modesto, da Lojas Pernambucanas; Fernanda Thibau, vice-presidente da Associação Mineira de Empresas de Moda (Amem); Fábio Freitas, coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce); Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhorb); Marco Polo, diretor da Associação de Lojistas do Barro Preto (Ascobap); e o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos Vestuário e Armarinhos (Sincateva).
Avaliação
De acordo com boletim epidemiológico publicado na manhã desta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde, Belo Horizonte é a cidade de Minas Gerais com maior número de casos e óbitos. A capital soma 12.123 pacientes com diagnósticos positivos para a COVID-19, dos quais 296 morreram.
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Já a divulgação mais recente do Rt foi feita na última sexta-feira (10). Na ocasião, o índice estava em 1,11, no patamar amarelo de alerta (entre 1 e 1,2). Ou seja, cada 100 pacientes transmitiam a doença para outros 111.
O comitê que auxilia Kalil é chefiado pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto. Também fazem parte do grupo outros três especialistas: o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano; o pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unaí Tupinambás; e o infectologista Carlos Starling, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia.