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Estado de Minas COMÉRCIO

COVID-19: Kalil vai analisar proposta de reabrir todo o comércio de BH

Projeto foi entregue por empresários em reunião com o prefeito na tarde desta quarta-feira


15/07/2020 17:15 - atualizado 15/07/2020 20:26

Centro de Belo Horizonte em junho, quando 92% dos empregos estavam ativos(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Centro de Belo Horizonte em junho, quando 92% dos empregos estavam ativos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) prometeu a empresários que analisará proposta de reabrir todo o comércio de Belo Horizonte. Atualmente, apenas os serviços considerados essenciais podem funcionar, como estratégia para desacelerar a disseminação do novo coronavírus.

Em reunião com o prefeito e empresários na tarde desta quarta-feira (15), o presidente do Sindicato dos Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, apresentou o projeto. A ideia é que todos os setores - incluídos aqueles que estão fechados desde março, como shoppings centers - possam abrir.

A proposta prevê o seguinte modelo de funcionamento:

  • Comércio de rua (Hipercentro, bairros, galerias e centros comerciais): aberto entre terça-feira e sexta-feira, nos horários pré-definidos pela PBH; fechado entre sábado e segunda-feira;
  • Shoppings centers: aberto entre quarta-feira e sábado, das 12h às 20h; fechado entre domingo e terça-feira.

“Não vai haver reabertura na próxima semana, mas a prefeitura ficou de estudar um ‘quatro por três’ proposto por nós. O Sindilojas fez uma proposta, junto com outros sindicatos, de abertura de ‘quatro dias por três’. Seriam quatro dias em que todo o comércio abriria as portas, e três dias fechados”, explicou Nadim, após a reunião.

Em entrevista coletiva, o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, confirmou que a proposta será avaliada pela prefeitura. Integrante do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 de BH e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano avaliou positivamente o encontro com os comerciantes, mas frisou que, diante do avanço da COVID-19 na cidade, ainda não é possível colocar o protocolo em prática.

“Esses protocolos que estamos recebendo são muito bem-vindos, porque partem de pessoas que estão vivendo o dia a dia do funcionamento dos seus estabelecimentos. Portanto, dão dicas importantes, que contribuem para nós analisarmos os nossos próprios protocolos de abertura. Mas esses protocolos e essas contribuições só poderão ser aplicados na prática quando acharmos que existe chance de começar a flexibilização”, alertou.

No processo de tomada de decisão sobre a reabertura ou não do comércio, a administração municipal avalia três indicadores com atenção especial: o número médio de transmissão por infectado (Rt) e as taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e leitos de enfermaria.

Segundo dados publicados pela PBH nessa terça-feira e que se referem ao dia anterior, BH tem 84% das 390 UTIs específicas para pacientes com COVID-19 ocupadas. Nas enfermarias - que somam 1.072 destinadas a pessoas que contraíram o vírus -, a taxa está em 76%. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo comitê, os índices estão no nível vermelho (acima de 70%) de alerta.

Já a divulgação mais recente do Rt foi feita na última sexta-feira (10). Na ocasião, o índice estava em 1,11, no patamar amarelo de alerta (entre 1 e 1,2). Ou seja, cada 100 pacientes transmitiam a doença para outros 111.

“Como estamos ainda com uma aceleração exagerada na demanda por leitos nos hospitais públicos e privados, não podemos ainda prever datas, pois estaríamos sendo irresponsáveis. Temos dois dos três indicadores no vermelho e um no amarelo. Estamos vivenciando o pior período da pandemia em Belo Horizonte e em Minas Gerais. Nós não sabemos nem se chegamos ao pico. E se chegamos ao pico, não sabemos quanto tempo este platô durará. Então, acho que é um erro, uma irresponsabilidade, programar datas (para reabertura) quando os nossos indicadores estão no pior momento e não sabemos como vai ser o comportamento (da curva de infecções) amanhã ou depois de amanhã, muito menos na próxima semana”, ponderou o especialista.

De acordo com boletim epidemiológico publicado na manhã desta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), Belo Horizonte é a cidade de Minas Gerais com maior número de casos e óbitos. A capital soma 12.123 pacientes com diagnósticos positivos para a COVID-19, dos quais 296 morreram.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir



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Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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