A Polícia Civil lançou, na tarde desta quarta-feira (15), uma cartilha virtual com o objetivo de alertar a população para 16 tipos de golpes que têm se tornado ainda mais frequentes durante o período da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
Com o isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde, as pessoas têm ficado mais em casa, utilizando a internet e navegando pelas redes sociais. Com isso, os golpes migraram das ruas para o mundo virtual. Segundo a polícia, até o início de julho os crimes de estelionato aumentaram em 30% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Wagner Sales, “nesse momento de isolamento social, as pessoas estão reclusas em casa e acessam mais as redes sociais, fazem compras pela internet, e isso pode contribuir para a aplicação de golpes”.
“Por meio de um estudo baseado em estatísticas e no trabalho de inteligência, a PC resolveu criar e disponibilizar essa cartilha, com uma linguagem clara e objetiva para acesso de todas as pessoas. Ela será disponibilizada nas redes sociais e no site da polícia para download”, informou.
A cartilha, denominada “Golpe, só se for na criminalidade”, é dividida em três categorias - golpes presenciais, golpes pela internet e crimes praticados por telefone – e contempla 16 tipos de golpes. Ela elenca uma série de abordagens praticadas pelos criminosos, além de dar dicas de como agir nesses casos.
“Entre esses, estão os golpes da clonagem de Whatsapp, do cartão cortado recolhido pelo falso motoboy e o do falso intermediador de vendas. Nesse momento de pandemia, dois golpes que voltaram com mais força são o do falso parente internado e o do falso seqüestro”, declarou o chefe da polícia.
Ainda segundo o delegado, desconfiar sempre, não acreditar em vantagens mirabolantes e promessas de grandes negócios, pode evitar que as pessoas caiam em golpe. “Na dúvida não faça”, alertou.
Crime de estelionato
Em decorrência da mudança na legislação brasileira, promovida pelo pacote anticrime, o estelionato passou a depender de representação por parte da vítima.
Segundo Sales, “além do registro da ocorrência, a vítima deve fazer uma representação para dar início à investigação e, a partir daí, a polícia busca a autoria do crime e a sua devida responsabilização criminal”.
Para denunciar 181 ou procurar uma delegacia de Polícia Civil mais próxima.
(Com informações de Aissa Mac)
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.