A parcela da população mais vulnerável durante a pandemia da COVID-19 – os moradores em situação de rua – é formada por 18 mil pessoas em Minas Gerais. De acordo com levantamento do projeto Polos de Cidadania, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 9.114 desses vivem em Belo Horizonte – mais da metade do total do estado.
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Quanto ao perfil dessas pessoas, 88% são homens e 12% mulheres em Minas. Além disso, 80% se declara preta ou parda.
Segundo a pesquisa, 22% são pretos e 58% pardos em Minas.
O levantamento também traz números sobre a situação do Brasil. São 151.462 moradores em situação de rua no país. Com isso, é possível calcular que Minas Gerais representa 11,8% dessa parcela da população brasileira.
“Em uma trajetória de 24 anos de trabalho com a população em situação de rua, o Polos de Cidadania sempre percebeu uma grande dificuldade de obter informações acerca desse fenômeno”, contou o professor e coordenador do Polos de Cidadania, André Luiz Freitas Dias, ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
De acordo com o professor, dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), trazem uma estimativa de 220 mil pessoas em situação de rua no Brasil – 70 mil a mais que o registrado pelo CadÚnico.
Os dados foram acessados pelos pesquisadores em maio deste ano.