Uma nota divulgada pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed/MG) classificou como 'crítica' a situação da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Belo Horizonte. De acordo com o posicionamento, assinado por mais de 30 profissionais, praticamente 100% das vagas de UTI da rede pública da capital estão preenchidas.
Leia Mais
Polícia investiga paciente de COVID-19 que teria participado de festa em AndradasBH rompe marca das 300 mortes por COVID-19; leitos continuam no vermelhoMais de 10 mil pacientes foram internados com COVID-19 em Minas GeraisMédicos são os profissionais em quem brasileiros mais confiam, aponta pesquisaMais de 90% das cidades de Minas têm casos de COVID-19; pesquise a suaCovid-19: idosa de 98 anos é homenageada por equipe do Hospital de Mateus Leme após ter altaNo entanto, o Sinmed/MG avalia que praticamente 100% dos leitos da rede pública da capital estão ocupados, uma vez que aqueles que estão disponíveis passam por processo de desinfecção e preparo entre a saída de um paciente e a entrada de um segundo que aguarda a vaga. Enquanto esta última etapa acontece, de acordo com a categoria, a utilização das vagas é inviabilizada.
A categoria também destacou que, para a criação de um leito de UTI, são demandados equipamentos, medicamentos e cerca de seis profissionais capacitados por unidade.
“Sem acesso à terapia intensiva, o risco de morrer de COVID-19 é duas vezes maior, e cada dia à espera de uma vaga de UTI em uma sala de emergência (UPA, Pronto Socorro) aumenta muito a gravidade e a mortalidade da doença”, diz a nota.
Boletim aponta 85% de ocupação
Já o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta quinta-feira, aponta que na quarta 85% dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 estão ocupados. Em relação aos leitos não COVID, 87% das vagas estão preenchidas. Ao todo, são 1.057 leitos, sendo 392 para para pacientes com coronavírus e outros 665 para não COVID, registrando, assim, uma ocupação média de 86%.
Sobre os leitos de enfermaria, 74% das unidades para pacientes com COVID estão ocupadas, enquanto 64% estão sendo usados por pessoas que não estão com COVID. Ao todo, Belo Horizonte tem 4.657 unidades de enfermaria, sendo 1.087 para COVID e 3.570 não COVID, chegando a uma ocupação média de 67%.