Uma nota divulgada pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed/MG) classificou como 'crítica' a situação da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Belo Horizonte. De acordo com o posicionamento, assinado por mais de 30 profissionais, praticamente 100% das vagas de UTI da rede pública da capital estão preenchidas.
Na nota, os médicos dizem que estão trabalhando há três semanas com ocupação acima de 90% nos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS). A categoria também diz que na rede privada a situação não é muito diferente, com mais de 80% das vagas preenchidas.
No entanto, o Sinmed/MG avalia que praticamente 100% dos leitos da rede pública da capital estão ocupados, uma vez que aqueles que estão disponíveis passam por processo de desinfecção e preparo entre a saída de um paciente e a entrada de um segundo que aguarda a vaga. Enquanto esta última etapa acontece, de acordo com a categoria, a utilização das vagas é inviabilizada.
A categoria também destacou que, para a criação de um leito de UTI, são demandados equipamentos, medicamentos e cerca de seis profissionais capacitados por unidade.
“Sem acesso à terapia intensiva, o risco de morrer de COVID-19 é duas vezes maior, e cada dia à espera de uma vaga de UTI em uma sala de emergência (UPA, Pronto Socorro) aumenta muito a gravidade e a mortalidade da doença”, diz a nota.
Boletim aponta 85% de ocupação
Já o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta quinta-feira, aponta que na quarta 85% dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 estão ocupados. Em relação aos leitos não COVID, 87% das vagas estão preenchidas. Ao todo, são 1.057 leitos, sendo 392 para para pacientes com coronavírus e outros 665 para não COVID, registrando, assim, uma ocupação média de 86%.
Sobre os leitos de enfermaria, 74% das unidades para pacientes com COVID estão ocupadas, enquanto 64% estão sendo usados por pessoas que não estão com COVID. Ao todo, Belo Horizonte tem 4.657 unidades de enfermaria, sendo 1.087 para COVID e 3.570 não COVID, chegando a uma ocupação média de 67%.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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