Jornal Estado de Minas

Pandemia

COVID-19: governo espera redução de casos nos próximos dias em Minas

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)
No dia em que Minas registrou 70 mortes por COVID-19 em 24 horas, totalizando 1.904, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que não há uma "explosão" de casos no estado e que isso pode sinalizar  futura redução na transmissão. A afirmação foi feita durante entrevistaa coletiva na Cidade Administrativa, nesta sexta-feira (17).


 
"Se não está explodindo, é sinal que estamos conseguindo, enquanto sociedade, controlar o número de casos e, possivelmente, possa ser uma sinalização de que vá haver a redução, de que vamos começar a ter a diminuição no número de casos", pontuou.
 
O secretário afirmou que 0,39% da população em Minas foi infectada pelo vírus. Lembrou que nos países e estados brasileiros em que houve redução na transmissão, esse percentual estava em torno de 0,4% e 0,7%. Mas disse que se deve olhar para os números empíricos com cautela, uma vez que, no estado, o comportamento da epidemia pode ser diferente.
 
"Estaríamos chegando perto do momento em que começaríamos a ter uma queda no número de casos. Isso só vamos saber com o tempo. A gente não consegue ter certeza do que vai acontecer no futuro. O futuro por si só é imprevisível. Para falar sobre a queda de casos, teríamos que olhar para trás e, para olhar para trás, só com distanciamento temporal", afirmou.


 
O secretário afirmou que um bom indicador de que a doença está "controlada" são as taxas de ocupação de leitos nos hospitais. "Chama a atenção essa certa estabilidade na ocupação de leitos que conseguimos no estado", disse. Ele afirmou que a média de ocupação de leitos está em torno de 69% e que a região com maior ocupação está em 83%.
 
Na semana passada, porém, o governo mudou a metodologia de apresentação da ocupação dos leitos. Regiões que apareciam com quase 100% na ocupação retrocederam na taxa. De acordo com o governo essa queda tem relação com uma melhor comunicação entre os hospitais e o sistema SUS Fácil sobre a real situação de ocupação dos leitos. O governo também deixou de discriminar o número de leitos destinados à COVID-19 e o número para outras enfermidades.