No dia em que Minas registrou 70 mortes por COVID-19 em 24 horas, totalizando 1.904, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que não há uma "explosão" de casos no estado e que isso pode sinalizar futura redução na transmissão. A afirmação foi feita durante entrevistaa coletiva na Cidade Administrativa, nesta sexta-feira (17).
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"Estaríamos chegando perto do momento em que começaríamos a ter uma queda no número de casos. Isso só vamos saber com o tempo. A gente não consegue ter certeza do que vai acontecer no futuro. O futuro por si só é imprevisível. Para falar sobre a queda de casos, teríamos que olhar para trás e, para olhar para trás, só com distanciamento temporal", afirmou.
O secretário afirmou que um bom indicador de que a doença está "controlada" são as taxas de ocupação de leitos nos hospitais. "Chama a atenção essa certa estabilidade na ocupação de leitos que conseguimos no estado", disse. Ele afirmou que a média de ocupação de leitos está em torno de 69% e que a região com maior ocupação está em 83%.
Na semana passada, porém, o governo mudou a metodologia de apresentação da ocupação dos leitos. Regiões que apareciam com quase 100% na ocupação retrocederam na taxa. De acordo com o governo essa queda tem relação com uma melhor comunicação entre os hospitais e o sistema SUS Fácil sobre a real situação de ocupação dos leitos. O governo também deixou de discriminar o número de leitos destinados à COVID-19 e o número para outras enfermidades.