O homem acusado de torturar e decepar as patas traseiras do cachorro Sansão, da raça Pitbull, em 6 de junho, em Confins, foi autuado por maus-tratos contra outros 13 animais. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lavrou multa contra ele, que teria praticado violência contra outros três cães, três gatos e sete galináceos. As multas em questão totalizam R$ 19 mil.
A punição se soma a outras duas já aplicadas pela Polícia Militar do Meio Ambiente. A ação de fiscalização dos órgãos do meio ambiente começou logo após a ocorrência feita no dia 6, data do crime. O autor recebeu inicialmente uma multa de R$ 1.855,80.
Em seguida, a 1ª Companhia da Polícia Militar do Meio Ambiente voltou ao local para uma fiscalização relacionada aos animais do homem que agrediu Sansão. No endereço, foram encontrados outros 13 animais sofrendo de maus-tratos. Eles estavam abandonados, sem abrigo, alimentação e água. Um galináceo morreu e outros 11 foram apreendidos, encaminhados aos cuidados da Sociedade Protetora de Animais. Nessa ação, novo auto de infração foi lavrado, dessa vez por conta dos maus-tratos contra o animal que morreu, no valor de R$ 3.711,60.
Depois disso, a Semad aplicou mais um auto de infração, no valor R$ 13.361,76, com o objetivo de tomar as medidas administrativas cabíveis em relação aos outros 12 animais. Embora não tenham sofrido mutilações ou não tenham morrido, estavam comprovadamente em situação de maus-tratos, inclusive atestado por médica veterinária.
O crime
Sansão tomava conta de uma fábrica de ensacados, que ficava ao lado da casa do agressor. Em depoimento, o autor do crime contou que Sansão havia atacado seu cachorro e usou uma foice para se defender. O pitbull foi encontrado ensanguentado, sem as duas patas e com a boca amarrada com arame farpado no terreno do agressor.
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Internado no Hospital Veternirário da Faculdade Arnaldo, no Bairro Olhos D'Água, Sansão passou por um procedimento inicial cirúrgico de ligadura dos vasos sanguíneos, o que deu forças para sobreviver.
“Logo que ele chegou, nós já fizemos uma transfusão sanguínea. Como foi usada uma foice para provocar os ferimentos, ela provavelmente estava contaminada e por isso ele tem infecção nos pontos. Mas observamos que está respondendo muito bem ao tratamento, tomando suplementos e evoluindo de forma muito satisfatória”, afirma a veterinária Ticiana Lima Dornas, que cuidou da cirurgia do cão.
Apesar das duas cadeiras de rodas de doação, o cachorro tem conseguido se locomover sem elas, sobretudo para urinar, se equilibrando nas patas dianteiras. Ele deve passar a usar próteses fixas assim que estiver 100% recuperado.