Jornal Estado de Minas

Vaquinha busca arrecadar R$ 7 mil para testes de COVID-19 em moradores do Morro do Papagaio


Uma vaquinha pela internet busca arrecadar dinheiro para a compara de testes de COVID-19 que serão aplicados em moradores do Morro do Papagaio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A meta é alcançar R$ 7 mil em até 30 dias.





O líder comunitário e integrante do Movimento Livre Eu Amo Minha Quebrada, Júlio Fessô, conta que a campanha Teste de Amor teve início na semana passada. Segundo ele, há pessoas na comunidade com sintomas da infecção pelo novo coronavírus, mas sem o diagnóstico. Elas apenas foram orientadas a permanecer em casa. “Mas, como vão fazer isso? Tem muita gente na casa, banheiros compartilhados, quartos compartilhados. Estamos tentando arrecadar o valor para comprar esses testes a preço de custo por uma farmácia e mapear essas pessoas para ajudar com o isolamento”, contou.

Os organizadores fizeram uma parceria com uma farmácia da capital, que preferiu não ser identificada. Até o início da manhã desta segunda-feira, a vaquinha já havia arrecadado pouco mais de R$ 3 mil. Segundo Júlio Fessô, com o total da meta será possível adquirir 90 testes. 

Segundo ele, o isolamento nas comunidades é difícil, já muitas pessoas da mesma família vivem no mesmo espaço, com crianças e idosos. Além disso, quem trabalha ainda enfrenta aglomerações no transporte público. “A ideia é testar o máximo de pessoas possível. Se ela não puder fazer o isolamento dentro da própria casa, pode tentar encontrar um local para ela ou para que a família fique, porque não adianta ficar no isolamento dividindo talheres, banheiros, quartos”, diz o líder comunitário. 





Para tentar melhora a situação, moradores do Morro do Papagaio, com a ajuda de ONGs e empresas, têm promovido outras iniciativas. “Temos um carro de som que passa três vezes por dia com a música que a gente fez (sobre a prevenção à doença). A gente distribui álcool em gel e máscaras para trabalhadores na parte da manhã. Distribuímos kits de higiene e limpeza para as famílias e instalamos dois lavatórios na entrada da favela”, conta Fessô. Também há distribuição de cestas básicas.



O líder comunitário pede que, quem puder contribuir com doações além da vaquinha, entre em contato com ele pelo telefone (31) 99457-2625