Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS EM BH

Kalil: 'Foi uma agressão pessoal e gratuita', diz sobre acusação de improbidade administrativa

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)
Agressão pessoal e gratuita. Foi assim que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), classificou o pedido de denúncia feito pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, que acionou o Ministério Público e a Câmara Municipal de BH para que o chefe do Executivo seja investigado por improbidade administrativa. A solicitação foi feita na liminar que liberou, nessa segunda-feira, o funcionamento de bares e restaurantes na capital.



Na decisão, o magistrado alegou ‘tirania’ de Kalil por “fazer leis por decretos, ao bel prazer dele e de seus técnicos da saúde, sem qualquer participação dos cidadãos através de seus parlamentares, como se fossem os únicos que detivessem os dons da inteligência, da razão e da temperança e não vivessem numa democracia”. O juiz ainda determinou que o Ministério Público e a Câmara de BH apurem se houve improbidade administrativa e crime de responsabilidade por parte do prefeito.

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Em entrevista ao Estado de Minas nesta terça-feira, Kalil classificou as ações do juiz como “agressões pessoais”, uma vez que, na visão do chefe do Executivo de Belo Horizonte, as atitudes tomadas pela prefeitura no combate ao coronavírus foram semelhantes às que foram praticadas em todo mundo.

“Aquilo é muito pessoal, é coisa pessoal. Porque, que eu saiba, Belo Horizonte não fez nada de diferente do que o mundo todo fez. Então todos os dirigentes responsáveis do mundo teriam que ser presos. Aquilo foi muito pessoal. O que me estranhou muito foi a pessoalidade. Foi pessoal a agressão gratuita ao prefeito, que não fez nada, absolutamente nada de diferente do que o mundo inteiro fez”, disse Kalil.

Horas depois da decisão liminar, a prefeitura, por meio da Procuradoria-Geral do Município, entrou com recurso para cassar o documento. O pedido ainda está em análise pela Justiça.