Jornal Estado de Minas

DIÁLOGO COM ENTIDADE

Kalil se reúne com representante de hotéis, bares e restaurantes nesta tarde

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)


O prefeito Alexandre Kalil (PSD) se reúne na tarde desta terça-feira com Paulo Pedrosa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (Sindihorb).



Segundo Kalil, essa reunião “já estava agendada há uma semana”. De acordo com o sindicato, o encontro estava marcado para começar às 14h30.



Mais cedo, Kalil voltou a falar sobre a liminar obtida pela Associação de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel/MG) que liberou o funcionamento de estabelecimentos do tipo em Belo Horizonte.

O chefe do Executivo disse que não queria esse ‘desgaste’ e preferiria que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estivesse norteando as ações de combate ao coronavírus na capital.

A fala de Kalil vem como resposta às afirmações feitas pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, que acionou o Ministério Público e a Câmara Municipal de BH para que o chefe do Executivo seja investigado por improbidade administrativa. Na decisão liminar favorável à Abrasel, o magistrado ainda classificou as ações do prefeito da capital como ‘tiranas’.



"Recebi como uma agressão pessoal gratuita. Estou simplesmente cumprindo uma ordem do Supremo Tribunal Federal, que ordenou aos prefeitos cuidarem das suas populações. Então como estou exercendo a tirania? Eu não queria, queria que quem estivesse mandando aqui fosse o presidente da República. Não queria esse desgaste para mim, não. Mas fui eleito para proteger a população. Me agredir pessoalmente? O que o prefeito de BH fez que o prefeito de São Paulo, o do Rio, o de Nova York, de Milão e Paris não fez? São todos tiranos? Não inventei nada de novo", afirmou o prefeito de BH à TV Globo.

Antes, ao Estado de Minas, Kalil já havia classificado as ações do juiz na liminar como “agressões pessoais” e que estranhou a pessoalidade do magistrado no documento.

“Aquilo é muito pessoal, é coisa pessoal. Porque, que eu saiba, Belo Horizonte não fez nada de diferente do que o mundo todo fez. Então todos os dirigentes responsáveis do mundo teriam que ser presos. Aquilo foi muito pessoal. O que me estranhou muito foi a pessoalidade. Foi pessoal a agressão gratuita ao prefeito, que não fez nada, absolutamente nada de diferente do que o mundo inteiro fez”, pontuou.

Horas depois da decisão liminar, a prefeitura, por meio da Procuradoria-Geral do Município, entrou com recurso para cassar o documento. O pedido ainda está em análise pela Justiça.