A abertura do comércio de Belo Horizonte durante a pandemia da COVID-19 depende do desenrolar de uma ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) exigindo que os municípios sigam os protocolos do programa Minas Consciente, que define diretrizes para retomadas das atividades econômicas nos municípios. A informação é do secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado.
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Sobre a abertura dos bares e restaurantes da capital, permitida por meio de uma liminar da Justiça do estado, o secretário Municipal de Saúde disse que, agora, vai depender da elaboração de protocolos conjuntos da associação que representa a categoria com a prefeitura, e destacou que as exigências sanitárias estabelecidas pelo juiz são ainda mais duras. A administração da capital também recorreu dessa liminar.
Ontem, Belo Horizonte bateu um novo recorde de casos da doença provocada pelo coronavírus. Segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, foram 35 mortes confirmadas em um intervalo de 24 horas na capital. A prefeitura contabiliza 14.089 casos de COVID-19.
Questionado na entrevista se a capital já teria chegado ao pico dos casos, ele analisa que a situação é estável, mas ainda preocupante. “Nós sempre trabalhamos em Belo Horizonte para manter a curva de casos abaixo da curva da linha de cuidados que podemos fornecer. Então é isso o que está acontecendo hoje. A curva está estabilizada no alto, mas nós temos ainda recursos para atender a todas as pessoas. Embora tenhamos tido ontem esse recorde no número de mortes, nenhuma dessas mortes aconteceu por falta de assistência”, analisou Jackson Machado. “Mantemos uma estabilidade preocupante, porque está no alto, mas esperamos uma descida nessa curva para as próximas semanas”, pontuou.