Nessa terça-feira, o Estado de Minas mostrou diversos proprietários de bares, restaurantes e lanchonetes abrindo seus estabelecimentos, amparados na liminar obtida pela Abrasel, entidade que representa os segmentos, na segunda. Nesta quarta, no entanto, o cenário foi bem diferente. A reportagem percorreu por diversas regiões da capital e encontrou grande parte do comércio fechado.
mostrado na matéria veiculada pelo Estado de Minas nessa terça. Mas, assim como ontem, a lanchonete estava vazia. No Bairro Santa Cruz, na Região Nordeste da capital, a reportagem encontrou o mesmo cenário: mesas distanciadas do lado de fora da pizzaria Ponte Furada, porém, sem clientes.
No Centro, o único estabelecimento do ramo alimentício aberto era o Uai Lanches, Além da Região Central e Nordeste de BH, a reportagem também foi ao Barro Preto, Santo Agostinho e Savassi, localizados na Região Centro-Sul e bastante movimentados. Apesar disso, nenhum bar, lanchonete ou restaurante foi visto aberto.
Proposta da prefeitura
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) propôs a abertura gradual dos bares e restaurantes com fechamento de ruas para posicionar as mesas respeitando o distanciamento necessário para diminuir os riscos de contaminação da COVID-19. A informação é do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH e Região Metropolitana (Sindihorb), Paulo Pedrosa, que se reuniu na tarde dessa terça com o prefeito Alexandre Kalil (PSD).
"Estamos bem otimistas para uma possível abertura na semana que vem, mas de forma gradual. Foi proposto, em um primeiro momento, liberar as calçadas. A prefeitura propôs fechar algumas ruas sexta, sábado e domingo. A Rua Curitiba, por exemplo, ser fechada no fim de semana. Outras ruas nos bairros de Lourdes e Sion para espalharmos mesas e cadeiras. Assim, vamos contratar mais garçons para atendimento", disse o presidente do Sindihorb, Paulo Pedrosa.
Liminar
A liminar concedida pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, na segunda, condiciona o funcionamento das lanchonetes e restaurantes a 12 "protocolos sanitários". São eles:
- Distanciamento mínimo de dois metros de uma pessoa da outra;
- Espaço mínimo de 13 metros quadrados por pessoa, para se quantificar quantas poderão adentrar o recinto do estabelecimento;
- Controle do fluxo de acesso aos seus estabelecimentos evitando aglomerações de espera do lado de fora, caso esgotado o seu espaço interno;
- Privilégio a vendas por encomendas previamente acertadas, além dos atendimentos com hora marcada;
- Disponibilização de máscaras de proteção a todos que estiverem dentro de seu estabelecimento (funcionários e clientes), à exceção dos clientes que já as possuírem;
- Disponibilização de mesas, para o uso individual, com a distância mínima de dois metros, umas das outras, em todos os sentidos;
- Quanto à norma acima, excetua-se o uso individual da mesa quando a pessoa necessitar da ajuda de outra para se alimentar, como as crianças de tenra idade, as pessoas muito idosas, ou deficientes;
- Proibição de confraternização de pessoas dentro do estabelecimento, permitindo-se as pessoas ali permaneceram apenas pelo necessário para fazerem as suas refeições;
- Crianças que não tenham o discernimento para permanecerem sentadas enquanto se alimentam, deverão estar no colo de seus pais e, se isso não for possível, não poderão permanecer dentro do estabelecimento;
- Os clientes não poderão servir-se pessoalmente dos alimentos destinados a todos, mas apenas daqueles que lhes forem individualmente preparados;
- Fica proibido o fornecimento de alimentação por meio do sistema “sef-service”, permitindo-se que um funcionário exclusivo sirva o prato dos clientes, a uma distância mínima de dois metros das comidas;
- Os clientes deverão permanecer utilizando as máscaras até o início das refeições, recolocando-as logo após terminarem;
- Fornecimento de sabão, sabonete e álcool em gel na graduação de setenta por cento, para a assepsia das mãos, tanto para funcionários quanto para os clientes.
No caso dos bares, o juiz decidiu que esses estabelecimentos devem respeitar os cinco primeiros tópicos acima. Além disso, só poderão vender bebidas para consumo externo.
Assim, o consumo de bebidas nas dependências ou imediações dos bares ainda está proibida.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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