Durante manifestação convocada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), na tarde desta quarta-feira (22), as entidades propuseram um plano de retomada das atividades que será entregue à Prefeitura de BH.
Os manifestantes entregaram o documento ao vereador Léo Burguês (PSL), líder de governo na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
No documento, as entidades explicam que a reabertura deverá observar um percentual máximo de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para mudança de fase. "A retomada deverá observar uma taxa máxima de 80% de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria para seu início e/ou progressão ou regressão de fase", informa a proposta.
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Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que "recebeu a proposta das entidades representativas dos lojistas e analisará o conteúdo. Uma reunião do comitê de reabertura com esses representantes foi agendada para esta quinta-feira (23)".
Atualmente, 89% dos leitos públicos de terapia intensiva exclusivos para o tratamento da COVID-19 estão em uso na capital mineira. Na análise de todos os leitos de UTI em BH, incluindo na conta aqueles destinados a outras doenças, a ocupação divulgada nesta terça é de 87%. Nas enfermarias, a ocupação geral é de 77%.
Segundo o último boletim, BH ultrapassou a marca dos 15 mil casos de COVID-19 e se aproxima das 400 mortes.
Mesmo assim, as entidades estipulam datas para o retorno de alguns setores, divididos em cinco fases e com extensão gradativa de horários em alguns deles:
Ampliação de transporte
A categoria também sugere uma intervenção no transporte público, principalmente nos horários de pico, para aumentar a oferta direta ou alternativa, reduzindo assim a capacidade utilizada e evitando a contaminação.
"Uma alternativa seria uma parceria com aplicativos de transporte autônomo como Uber, 99 e Cabify praticando nesses horários descontos relevantes para viabilizá-los como opção ao transporte público", informou o documento.
A proposta também pede às empresas dos diversos setores que adotem dois turnos para entradas, saídas e liberação para almoço de seus funcionários, evitando aglomeração no transporte público, no comércio e nos estabelecimentos.
"No almoço por exemplo, sugerimos, liberar uma parte dos funcionários às 12h e outra às 13h."
Cada segmento apresentará à prefeitura, até sexta-feira, suas respectivas sugestões de protocolos para a retomada.
O Estado de Minas aguarda o posicionamento da PBH.