Em 8 de julho, completaram-se quatro meses do registro do primeiro caso da COVID-19 em Minas Gerais. Nesta quinta-feira, poucos dias após a data, o estado ultrapassou a marca dos 100 mil casos da doença, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde.
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Na tabela de óbitos divulgada pela pasta, Belo Horizonte é o município com o maior número de confirmações nas últimas 24 horas. Em seguida vem Contagem, na Grande BH, com nove óbitos (115 no total), e Betim, na mesma região, com sete mortes de ontem para hoje (70 ao todo).
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, segue como o segundo município com o maior número de casos. De acordo com o boletim de hoje, são 11.103 e 179 óbitos.
O avanço da doença
O primeiro caso de COVID-19 em Minas foi confirmado pelo Ministério da Saúde em 8 de março, um domingo. No fim da tarde daquele dia, a Secretaria de Estado de Saúde enviou uma nota com mais detalhes. A paciente era uma mulher de 47 anos que mora em Divinópolis, Centro-Oeste do estado, e que havia viajado para a Itália. Antes de voltar ao município de origem, ela passou por Belo Horizonte. O diagnóstico positivo foi confirmado pelo laboratório no dia 6.
Em poucos dias, a doença já avançava pelo estado. Em 17 de março, já eram 14 casos confirmados em Minas Gerais, sendo cinco em Belo Horizonte. Naquela data, foi confirmado que um dos pacientes da capital havia sido contaminado por transmissão comunitária - quando não é possível identificar a cadeia de transmissão, a origem da doença.
Exatamente um mês depois, Minas Gerais chegou à marca dos 1 mil casos. O boletim da Secretaria de Estado de Saúde de 17 de abril mostrava 1.021 ocorrências no estado. No dia anterior, eram 958. O número de mortes chegava a 35.
O estado ultrapassou os 10 mil casos da doença em 31 de maio. Entre 1º e 2 de julho, os casos subiram de 47.584 para 50.707. Foi em 1º de julho que as mortes em Minas Gerais chegaram à casa dos milhares.