Jornal Estado de Minas

CORRENTE DO BEM

Afeto em forma de música: idosos isolados se emocionam com serenata na porta de casa

Em tempos de pandemia e isolamento social, reinventar se tornou palavra de ordem. Por isso, o Centro de Referência da Pessoa Idosa (CRPI), que promove atividades culturais, de lazer e de promoção à saúde para a terceira idade, levou essa necessidade à risca e proporcionou afeto e carinho em forma de música para os mais velhos na manhã desta sexta-feira (24).





A celebração comemorou o Dia dos Avós e os professores Hugo César, do grupo Voz e Violão, e Beth Hass, do grupo de teatro Sementes, saíram da sede do CRPI rumo às casas de alguns dos idosos atendidos pelo centro. Por meio da música, levaram informação, diversão e viram, mesmo que a distância, como estão os acolhidos.

"Foi uma surpresa muito emocionante! Eu adorei. Foi a maior festa. As pessoas de lá são muito bacanas e essa ação de hoje foi maravilhosa", contou Conceição Ângelo, de 68 anos, moradora do Bairro Caiçara, na Região Noroeste, e atendida pelo CRPI há cerca de 13 anos.
 
 
 
Leandro Campos, coordenador do CRPI, não esconde a satisfação com a realização da ação. "Foi muito bom. Uma verdadeira corrente do bem. Integramos toda nossa equipe, carregados de afeto, e levamos palavras de diferença para essas pessoas e mostramos que, apesar de distantes, estamos integrados e unidos. Tem sido muito gostoso", conta.





O Centro de Referência da Pessoa Idosa é ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania e recebia cerca de 280 idosos para as atividades, suspensas desde 18 de março. Apesar disso, os acolhidos continuaram sendo acompanhadas pelos técnicos, de forma remota.

"Essa foi a nossa segunda ação presencial, com serenata. E desde que a pandemia começou, nossa equipe toda se mobilizou a aproximar dessas pessoas de alguma forma pelas ferramentas digitais. Formas de aproximar as pessoas nesse contexto de isolamento e afastar os temores que advém dele", conclui.
 
 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira 

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