Pouco menos de um mês depois de interromperem suas atividades durante um dia, entregadores de aplicativos de delivery promovem nova paralisação neste sábado. Em Belo Horizonte, integrantes da categoria se reuniram na Praça da Savassi, na região Centro-Sul da capital.
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“Muitas vezes temos que andar cinco quilômetros para ganhar R$ 5. Isso não é justo. A gente quer um aumento (da taxa mínima) principalmente em caso de rotas mais longas”, explica Vanessa Barbosa, uma das lideranças do movimento em BH.
Ela garante a continuidade dos atos caso as empresas não ouçam as demandas. Atualmente, iFood e Uber Eats são os principais aplicativos do ramo no país.
“A maioria dos ‘motocas’ ficou em casa hoje. Não é o dia da última luta. Já temos uma nova data e, se não tivermos respostas para o que queremos durante a próxima semana, vamos divulgar a próxima data (de mobilização)”, assegura Vanessa.
Os entregadores querem uma reunião de suas lideranças com representantes do poder público e dos aplicativos. Eles reclamam, ainda, dos bloqueios indevidos feitos pelas plataformas, que proíbem os profissionais de aceitar serviços durante determinado período de tempo. Alguns impedimentos provisórios, inclusive, transformam-se em banimentos.
A paralisação em Belo Horizonte ocorre simultaneamente a atos em outras cidades, como São Paulo. A primeira greve dos entregadores ocorreu em 1 de julho.
O Estado de Minas entrou em contato com iFood e Uber Eats para saber o posicionamento das empresas acerca das reivindicações.
O iFood disse cumprir a maioria das reivindicações dos motoqueiros. Segundo a empresa, a taxa mínima de R$ 5 é adotada "independentemente da distância percorrida".
Se houver resposta da Uber, esta reportagem será atualizada.