Já está em Belo Horizonte, no Hospital Galba Veloso, o homem de 47 anos que aterrorizou a população de Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, ao manter em cárcere privado, por seis horas, o filho de 11 anos, a quem ameaçava matar, mediante a ameaça de um machado e de um facão. O resgate do pré-adolescente e a prisão do agressor, que tem problemas mentais, só foram possíveis graças a uma verdadeira operação de guerra montada peloBatalhão de Operações de Polícia Especiais (Bope) da Polícia Militar de Minas Gerais.
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Identificada mulher cujos restos mortais foram encontrados, esquartejados, em malaHomem é preso por ameaçar mulher e filho de morte e colocar fogo na casa da família em BH Tio mata sobrinho em festa de família na Região Noroeste de BHMulher é condenada a prisão em Ubá por extorquir R$ 600 mil do ex-namoradoHavia a informação, passada aos policiais por parentes do homem, que ele tinha problemas mentais e que, provavelmente, estaria em um surto psicótico.
Os militares iniciaram, então, uma negociação para tentar fazer com que o agressor liberasse o menino, mas o pai se mostrava transtornado e ameaçava matar o garoto, caso alguém se aproximasse.
Operação de guerra
Diante da situação, o Bope de Belo Horizonte e policiais da 23ª Companhia PM, do Bairro Santa Inês, também na capital, foram acionados e se deslocaram de avião para o município de Capelinha e, depois seguiram de carro para Angelândia.Ao chegarem à cidade, os policiais do Bope foram direto para a casa onde acontecia a ameaça. A rua estava tomada por moradores e curiosos. A impressão, segundo um militar, era que a cidade inteira tinha ido para o local.
Imediatamente a casa foi cercada. Os policiais argumentaram com o homem, atraindo sua atenção, e assim, conseguiram prendê-lo e liberar o menino.
Conversando com parentes do homem, os policiais tomaram conhecimento que o mesmo tem surtos psicológicos, motivados por problemas pessoais e profissionais, e que, no início da semana, foi levado à policlínica da cidade em função do mesmo problema. Na unidade, ele foi medicado e liberado para voltar para casa.
Diante do quadro, ao fim da ação da polícia, que teve a participação de médicos da cidade, decidiu-se pela remoção do homem para o Hospital Galba Veloso, em Belo Horizonte, onde ele passará por um tratamento.