Um corpo de homem, identificado pelo apelido de “Magrão”, encontrado no início da noite deste domingo (26), no aterro sanitário da SLU, próximo ao Campo do Danúbio, no Aglomerado Morro da Vaca, Bairro Pindorama, em Belo Horizonte, é o mais novo mistério para a Polícia Civil resolver. A vítima tinha queimaduras espalhadas pelo corpo.
O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Regional Oeste e, segundo os policiais, será um quebra-cabeças, pois não existem testemunhas nem câmeras de segurança nas proximidades.
O local é, segundo policiais militares que atenderam ao chamado, de fácil fuga, pois existe um acesso do campo até a BR-040. A região é conhecida pelo comércio de drogas e, segundo foi apurado pelos policiais, Magrão, além de usuário, estava envolvido com o comércio ilegal.
Segundo uma testemunha, a vítima funcionava como uma espécie de olheiro para os traficantes. Esse informante disse ainda que os traficantes não estavam satisfeitos com “Magrão”, pois ele teria bobeado, vacilado, como se diz na gíria do tráfico, numa operação policial realizada no Morro da Vaca em que alguns chefes do tráfico tinham sido presos.
Com a chegada da perícia, constatou-se que a vítima tinha marcas no corpo provenientes de pauladas e perfurações a faca, além das queimaduras. São três facadas: uma no peito, e duas no lado direito do tronco.
Para os policiais as marcas significam resquícios de crueldade, e que, possivelmente, a vítima teve uma morte dolorosa, o que caracteriza vingança por parte dos chefões do tráfico na região. O corpo, que foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, foi encaminhado para o IML.