Com isso, todas as seis estações que fazem parte da integração do sistema de ônibus tronco-alimentador (que ligam linhas da região central aos coletivos que rodam apenas dentro dos bairros) agora têm barreiras sanitárias. O primeiro ponto de inspeção em terminais foi instalado na Estação São Gabriel, Região Nordeste da capital, no dia 13 de julho. Em seguida, foi a vez da Pampulha, quatro dias depois. Já a Diamante, até então, era a última da lista, cuja barreira foi criada no dia 20 deste mês.
A reportagem do Estado de Minas esteve nesta manhã na Estação Diamante, na Região do Barreiro. O que se percebeu foi a aferição de uma quantidade considerável dos usuários do coletivo, mesmo com movimento intenso para um dia de pandemia e com a maioria dos estabelecimentos comerciais fechados e atividades limitadas. A equipe que trabalhou no local também mostrou conhecimento do trabalho realizado.
Também houve o apoio da Guarda Municipal nos trabalhos desta manhã. Alan Silva de Oliveira, que trabalha como vendedor de balas pelos ônibus, foi advertido pelos agentes e por guardas da própria estação por fumar no local, tendo que abaixar a máscara até o queixo.
"A Guarda Municipal me abordou com tom de ironia, falando que não posso fumar, sendo que muitos passam por aqui no dia a dia fumando, até entorpecentes, maconha, usuários de drogas. E o guarda da estação omite essas informações, só porque está próximo da Guarda Municipal veio aqui fazer uma graça. Disseram que eu não poderia fumar meu cigarro, sem máscara. Mas como vou fumar meu cigarro com máscara?", questionou.
Quase 30 mil pessoas já foram abordadas nas barreiras sanitárias nas estações. De acordo com a Prefeitura de BH, houve 29.956 abordagens, sendo que 105 delas resultaram em encaminhamentos para unidades de saúde, uma vez que os usuários estavam com sintomas de coronavírus.
Na São Gabriel, por exemplo, 15.683 passageiros já passaram pela vistoria, sendo 53 que deles apresentaram sinais de COVID-19. Na Pampulha, foram 8.771 avaliações e 38 encaminhamentos. Já na Diamante, 5.502 passaram pela aferição de temperatura e 14 apresentaram anormalidade.
Além da aferição, um questionário também é feito por profissionais ligados à Secretaria Municipal de Saúde, assim como é feito nas barreiras sanitárias instaladas nas principais entradas de Belo Horizonte. Do dia 18 de maio até 23 de julho, foram 508.531 veículos abordados nos pontos de vistoria, sendo 1.055.408 pessoas avaliadas e 2.598 delas encaminhadas para serviço de saúde.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MG), divulgados nesta segunda-feira, BH tem 16.778 casos confirmados e 459 óbitos pela pandemia do novo coronavírus. Já Minas Gerais conta com 113.718 casos e 2.461 mortes pela COVID-19.